julho 14, 2016

Malu Mader me ligou. Eu juro!

Malu Mader foi a musa da minha geração. Desde a novela Eu Prometo, estreia dela na Globo, simplesmente assisti todas as novelas e minisséries de que ela participou. O ápice da minha paixão, claro, foi em 1986, quando Malu protagonizou a impagável Anos Dourados. No papel da doce Lurdinha, que engravida do apaixonado Marcos, eu e meus amigos do Colégio Souza Naves, em Rolândia, ficamos encantados. Quando eu dava aulas, dizia aos alunos que jornalista não pode posar de tiete de artista. Por saber que isso seria uma missão quase impossível, “combinamos” que eles poderiam pagar pau para, no máximo, três artistas. Eu já pegara autógrafo e tirara foto com Fernanda Montenegro e Adélia Prado, artistas da minha profunda admiração. Certo domingo, estava em um restaurante de Curitiba quando Malu Mader e Tony Belotto entram para almoçar. Quase caí das pernas. Por pressão absoluta dos meus amigos, não tive coragem […]
maio 24, 2016

A falta que ele me faz!

Falta eu sinto há 15 anos. Desde que meu pai se mudou para o outro plano, minha vida nunca mais foi a mesma. Foi com ele que vivi a maior experiência amorosa da minha vida. Algo que me fez uma pessoa muito melhor. É possível dizer “te amo”, sem propriamente dizer. Como é possível saber educar sem ter nunca pisado em uma sala de aula. Esses paradoxos fazem sentido com o protagonista da história da minha vida. João José de Almeida, um agricultor, analfabeto, sabia apenas fazer contas e assinar o nome. Desde pequeno trabalhou muito. Casou-se com minha mãe e tiveram nove filhos. Eu sou o caçula. Vivemos a maior parte da nossa vida em Rolândia. Antes, ele começou a “vida” em Guaraci, onde nasceram todos os meus irmãos. Depois mudou-se para Longuinópolis, um patrimônio de Braganey, na época, distrito de Corbélia, cidade da minha certidão de nascimento. FALTA […]
maio 5, 2016

O presente de Mãe!

O presente daquele natal foi uma caixa de isopor. Minha mãe me disse que eu deveria começar a vender sorvetes para ter um dinheiro só meu e não precisar dela para tudo. Dentro daquele presente havia algo maior que qualquer outra coisa que eu pudesse ganhar: aprendizado. O maior presente que podemos guardar de quem amamos é conservar boas lembranças. Vender sorvetes me trouxe muitos aprendizados. O primeiro deles era me empenhar nas vendas. Eu ganhava por comissão pela quantidade de picolés comercializados. Também aprendi a administrar o tempo. Precisava ou pegar poucas unidades ou agilizar as vendas. O verão em Rolândia costuma ser muito quente. Se o sorvete derretesse, eu perderia a venda e, por consequência, a comissão. Tive que saber me defender. Certa ocasião, um grupo de garotos maiores do que eu me cercou. Queriam tomar os picolés que estavam dentro da caixa. Ou seja: a essência de […]
abril 5, 2016

Olha a cobra!

Vítima de uma cobra. Curioso que eu era, parei na praça de Rolândia, onde havia uma trupe de circo. Eles convidavam a população para o espetáculo. Como eles, havia Adelaide.   O mestre de cerimônias fez todo um rapapé para prender a atenção da galera durante alguns bons minutos. Entre uma atividade e outra, anunciava que Adelaide seria a grande atração do dia. Na verdade, Adelaide era uma cobra. Ela ficava guardada num cesto. Num determinado momento da apresentação, o falastrão anunciou que colocaria a cobra no chão. Dotada de poderes mágicos, logo ela identificaria quem era o garoto mais peralta que estava ali assistindo à apresentação. Posta fora do cesto, Adelaide olha para um lado, olha para o outro. Mostra aquela língua que metia medo, rasteja aqui e ali e pimba: parte em minha direção. Num primeiro momento, comecei a duvidar que aquilo estava ocorrendo. COBRA ME PERSEGUIU Mas […]
março 24, 2016

Sou de ROLÂndia!!!!!

Sou de Rolândia, de coração. Na verdade, eu nasci num sítio em Longuinópolis, que era patrimônio de Braganey, distrito de Corbélia, no oeste do Paraná. Mudamos para Rolândia quando eu era ainda bebê. Fomos levados por conta da saúde do meu pai. A cidade vive sendo alvo das mais variadas piadas. Programas de humor gozam, literalmente, do nome. Dias atrás, na sala de aula, um professor estava prestes a começar a zoeira, quando eu me manifestei dizendo ser rolandense. O município não tem rolas, pombas rolas etc. e tal. Só os homens a possuem. E ponto final. Neste vídeo, eu conto uma experiência vivida no Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. Durante uma ação de marketing da Coca Cola, percebi os risos de canto de boca ao receber a minha garrafa personalizada. ROLÂNDIA HOMENAGEIA GUERREIO ALEMÃO Em 29 de junho de 1934 foi construída a primeira casa na cidade, fundada pela Companhia […]
março 22, 2016

João virou Edenilson

João deveria ser o meu nome. A ideia era que eu tivesse um nome bíblico, como meu pai, avôs e todos os demais irmãos. Filho de evangélicos, sempre preferi nomes simples. Mas no trajeto do sítio ao Cartório, virei Gilberto e, finalmente, Edenilson. Como todo bom brasileiro, não gosto que errem meu nome. Infelizmente, isso é uma constância. Chamam-me de Ednilson, Adenilson, Adilson, Edmilson, Idenilson, Edilson. Sempre fico incomodado. Vasculhando documentos antigos da minha família, vi que este problema sempre existiu. Há papéis em que se encontra Edenirce – isso mesmo – Denirce – Santo Deus – e por aí vai. Nem meu pai, nem minha mãe nunca souberam explicar a razão da mudança. Quando comecei a trabalhar no jornalismo diário, rolavam dois erros que me deixavam puto. Eu trabalhava no Jornal de Londrina. Falava com secretárias de entrevistados e elas anunciavam: o Edmilson, da Folha, está aqui. Nunca fiz […]