setembro 27, 2016

 Justiça: você gostou do final?

A minissérie Justiça terminou com excelentes números de audiência e críticas muito positivas. De fato, Justiça foi o entretenimento de melhor qualidade exibido na Globo, ou na televisão aberta deste ano. Justiça poderia muito bem ganhar uma nova temporada. De acordo com a autora Manuela Dias, que virou a mais nova queridinha da Globo, pelo trabalho feito em Justiça, o entrelaçamento das histórias ocorreu porque a vida da gente é assim. Enquanto escrevo este texto, quanta coisa está acontecendo bem ao meu redor e eu não sei? O final de cada episódio de Justiça deixou possibilidades, não só de continuação, mas também questionamentos que farão o público refletir.   SEGUNDA TEMPORADA   Enquanto a personagem de Débora Bloch decidiu não matar o assassino da filha, a esposa do assassino termina o episódio fazendo aulas de tiro. Será que ela vai matar Elisa (Débora) por ter transado com o marido dela? […]
setembro 18, 2016

A dor que não se compara

Dor cada um tem a sua, ela não pode ser avaliada. Dor apenas se respeita. Dor precisa ser tratada. Dor precisa ser acolhida. A minissérie Justiça também fala da dor. Mais especificamente da incapacidade de lidar com ela. A personagem da Marjorie Estiano, uma bailarina, fica tetraplégica e pede que o marido, vivido pelo Cauã Reymond, mate-a. A eutanásia é considerada crime no Brasil e enquadrada como um homicídio. Há uma cena muito tocante na minissérie, quando a bailarina grava um vídeo, na vã tentativa de livrar o marido da cadeia, dizendo que admira muito as pessoas que conseguem conviver com a tetraplegia. Discutir um tema como este é fundamental. Cada indivíduo tem autonomia para decidir o que é melhor para si e responder pelas consequências disso. As pessoas têm o direito de escolher como vão lidar com a própria dor. Não importa se é uma no dente, na cabeça, no braço, […]