Vítima de uma cobra. Curioso que eu era, parei na praça de Rolândia, onde havia uma trupe de circo. Eles convidavam a população para o espetáculo. Como eles, havia Adelaide. O mestre de cerimônias fez todo um rapapé para prender a atenção da galera durante alguns bons minutos. Entre uma atividade e outra, anunciava que Adelaide seria a grande atração do dia. Na verdade, Adelaide era uma cobra. Ela ficava guardada num cesto. Num determinado momento da apresentação, o falastrão anunciou que colocaria a cobra no chão. Dotada de poderes mágicos, logo ela identificaria quem era o garoto mais peralta que estava ali assistindo à apresentação. Posta fora do cesto, Adelaide olha para um lado, olha para o outro. Mostra aquela língua que metia medo, rasteja aqui e ali e pimba: parte em minha direção. Num primeiro momento, comecei a duvidar que aquilo estava ocorrendo. COBRA ME PERSEGUIU Mas […]