Malu Mader foi a musa da minha geração. Desde a novela Eu Prometo, estreia dela na Globo, simplesmente assisti todas as novelas e minisséries de que ela participou. O ápice da minha paixão, claro, foi em 1986, quando Malu protagonizou a impagável Anos Dourados. No papel da doce Lurdinha, que engravida do apaixonado Marcos, eu e meus amigos do Colégio Souza Naves, em Rolândia, ficamos encantados.
Quando eu dava aulas, dizia aos alunos que jornalista não pode posar de tiete de artista. Por saber que isso seria uma missão quase impossível, “combinamos” que eles poderiam pagar pau para, no máximo, três artistas. Eu já pegara autógrafo e tirara foto com Fernanda Montenegro e Adélia Prado, artistas da minha profunda admiração.
Certo domingo, estava em um restaurante de Curitiba quando Malu Mader e Tony Belotto entram para almoçar. Quase caí das pernas. Por pressão absoluta dos meus amigos, não tive coragem de incomodar o casal e dizer a ela o quanto eu era fã.
Por conta de um trabalho para uma empresa de cosméticos aqui na região de Curitiba, vi uma nova oportunidade. O roteirista sugeriu que Malu fizesse a narração do vídeo. Telefone na mão, liguei na Rede Globo atrás do agente da atriz. Como o cidadão não retornava as ligações, insisti no departamento de elenco.
Eis que uma tarde, do nada, toca meu celular. Atendo, uma voz determinada do outro lado, diz que a dona Malu queria falar comigo. Ao dizer alô, reconheci a voz imediatamente. E antes que dissesse qualquer coisa, disparei a falar: Malu, eu sou seu fã. Adoro o seu trabalho. Vi todas as novelas. Vi todas as minisséries. Fui ao teatro ver Dores de Amores. Estou tremendo de tanta emoção em falar com você.
Rimos um pouco, ela foi de uma simpatia extrema. Infelizmente o trabalho não se concretizou e eu não tive a oportunidade de tirar uma foto com ela. Mas falar ao telefone, já me deixou imensamente encantado.