O amor acaba e a gente precisa ir em busca da reinvenção afetiva. Término de relacionamentos duradouros provocam sentimentos parecidos com as fases do luto. Ninguém gosta do fim, mas ele é necessário, principalmente para iniciar fases novas.Como superar de vez e se reinventar.
Se conseguirmos entender que tudo na vida é impermanente, talvez tenhamos menos sofrimento. Ao aceitarmos a roda da vida, os ciclos, a dor fica mais suportável.
Os relacionamentos adoecem. Muitas vezes entram na UTI. E por mais que se esforce, nem sempre é possível salvá-los. A primeira etapa da reinvenção afetiva começa justamente por aceitar que é preciso recomeçar. Reconhecer a morte da relação.
Depois desta etapa, é chegada a hora de reconhecer o corpo. Aquele momento em que um dos cônjuges deixa a casa onde moram. Lágrimas, dores, afetos, desafetos vêm à tona.
Depois do funeral, é preciso enterrar o corpo. Passar a borracha. Zerar tudo o que foi vivido. E então, partir para uma nova etapa de vida e dos relacionamentos amorosos.
A reinvenção afetiva passa necessariamente pelo olhar pra si mesmo. Dar a si, o tempo necessário para se recompor, se refazer. Nestes tempos de relações tão fluídas e líquidas, é preciso pegar-se no colo. Ser generoso consigo. Como bem cantou Marisa Monte, “…atire a primeira pedra, quem não sofreu, quem não morreu por amor….” Portanto, não se sinta só, isolado.
O amor próprio, por mais clichê que possa parecer, é o único caminho de você retomar. Não adianta negar, implorar, insistir com algo que já rendeu o que era possível.
Se você não conseguir se olhar com ternura, afeto, respeito e, principalmente, com um mínimo de auto admiração, como conseguirá que os outros façam isso? Além disso, não podemos esquecer o que diz a Bíblia: amar o próximo, como a si mesmo. Nem mais, nem menos.
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