Sou de Rolândia, de coração. Na verdade, eu nasci num sítio em Longuinópolis, que era patrimônio de Braganey, distrito de Corbélia, no oeste do Paraná. Mudamos para Rolândia quando eu era ainda bebê. Fomos levados por conta da saúde do meu pai.
A cidade vive sendo alvo das mais variadas piadas. Programas de humor gozam, literalmente, do nome. Dias atrás, na sala de aula, um professor estava prestes a começar a zoeira, quando eu me manifestei dizendo ser rolandense.
O município não tem rolas, pombas rolas etc. e tal. Só os homens a possuem. E ponto final. Neste vídeo, eu conto uma experiência vivida no Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. Durante uma ação de marketing da Coca Cola, percebi os risos de canto de boca ao receber a minha garrafa personalizada.
Em 29 de junho de 1934 foi construída a primeira casa na cidade, fundada pela Companhia de Terras Norte do Paraná. Com quase 60 mil habitantes, a vizinha de Londrina ficou famosa pela fertilidade da Terra Roxa. Na década de 70, foi considerada a Rainha do Café. Sacas e sacas do ouro verde foram cultivadas e vendidas Brasil e mundo afora.
Por conta dos conflitos da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, a cidade acolheu diversos imigrantes alemães. Os japoneses também têm forte presença na cidade. Há, inclusive, um museu que conta a história da imigração dos orientais. Ele foi inaugurado com a presença do atual imperador do Japão, Akihito.
O nome de Rolândia é de origem germânica, nome dado em homenagem a Roland, legendário herói alemão, que na Idade Média guerreava ao lado de seu tio, Carlos Magno, e seu lema era lutar pela “Liberdade e Justiça”. Uma estátua homenageia o guerreiro, nascido em Bremen, cidade amiga dos rolandenses.
Erich Koch-Weser e Oswald Nixdorf foram os pioneiros que organizaram a fundação da cidade, bem como a vinda dos demais imigrantes alemães.
Podem rir à vontade, mas cidade melhor não há.