junho 4, 2020

A consciência da finitude assusta, mas também acalma

É certo que o pra sempre, sempre acaba. A certeza da finitude, de que tudo termina, pode dar um grande susto em todos nós. Porém, não há como negar que a aceitação dessa mesma finitude coloca tudo sob uma outra perspectiva. E isso pode ser libertador.   De minha parte, confesso gostar da sensação de que nada vai terminar. No meu caso, quando começo um relacionamento, seja afetivo ou fraterno, de trabalho ou estudo. Sempre crio na minha cabeça um cenário de que aquilo vai durar muitos e muitos anos. Alguns chamam de lealdade, outros de prisão. Daí a análise: qual não é a decepção quando a gente percebe que absolutamente tudo tem um tempo certo. Isso está na bíblia, inclusive. No livre de Eclesiastes, capítulo 3, está escrito: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e […]
setembro 5, 2017

Carpe diem: o que você faz para viver bem todos os seus dias?

Carpe diem é uma expressão que vem do latim e significa “aproveite o dia”. Muita gente perde tempo só reclamando e esquecendo de viver. Eu a ouvi a primeira vez no filme Sociedade dos Poetas Mortos, lá no final da década de 80. Um professor de literatura vivido por Robin Wilians chega a uma tradicional escola norte americana e incita os jovens a aproveitarem a juventude. Ele usa a poesia para despertar a galera sobre a finitude das coisas e da vida. A gente, diante de todas as adversidades dos dias atuais, tem esquecido de viver. Tem esquecido de perceber o que há bom no cotidiano. Não temos sido gratos por termos horas e horas para serem vividas. A vida é muito curta, urgente. Passa como um rastilho de pólvora. Quando a gente se dá conta, pronto, acabou. Lembro de uma entrevista da Hebe Camargo, pouco antes de morrer em […]
março 28, 2017

A VIDA QUE A GENTE TEM É A QUE CONSEGUIMOS VIVER!

A vida que a gente tem é única, exclusiva. Não adianta olhar para os lados, fazer comparações. A sua vida é apenas sua. Muitas vezes, tendemos a pensar que o outro tem algo melhor que a gente. É um grande erro colocar-se ao lado de outra pessoa e checar as conquistas e caminhos que cada um percorreu. Eu resolvi gravar este vídeo depois de assistir Trainspotting 2. O filme de Danny Boyle mostra como estão os quatro amigos que, 21 anos atrás, aprontaram poucas e boas. Por conta das drogas, eles se envolveram em muitas e diversas confusões. Lembro de toda a repercussão que o filme teve lá nos idos dos anos noventa. Além de embarcar na excelente e contagiante história, confesso que a nostalgia tomou conta de mim. E por mais paradoxal que possa parecer, cheguei a chorar em vários momentos do filme. Confesso. A cada cena vista, comecei […]
janeiro 26, 2017

Sementes: elas podem florescer onde você as lança?

Sementes precisam ser de boa qualidade e plantadas em terreno fértil. Do contrário, é impossível que elas floresçam. Quando começa o ano, é muito comum a gente fazer promessas e mais promessas. Todos queremos um dia melhor, uma semana melhor, uma vida inteira melhor. Porém, muitas vezes esquecemos de dar o primeiro passo para que isso ocorra. As vivências cotidianas vão nos mostrando que a vida é como aquela música do Lulu Santos, Como uma onda: “…um indo e vindo infinito. Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia.” A gente tem a presunção de achar que nossos atos não têm consequência. Embora eu acredite que devamos viver plenamente o hoje, como se não houvesse amanhã, creio ser fundamental cultivarmos boas relações. No trabalho, com a família, com os amigos, com os afetos. Claro que não existe segredo para uma relação dar certo. Mas […]
dezembro 20, 2016

Vidas medíocres: o que você faz para mudar isso?

Vidas medíocres. Este tem sido um assunto recorrente nas diversas conversas que tenho com meus amigos. Todo mundo tem reclamado muito que as coisas estão difíceis, que os dias passam voando, que as pessoas cada vez se importam menos que as outras. Isso me fez lembrar um poema da Marina Colassanti, publicado em 1972.  Veja que beleza é Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o […]