Carpe diem é uma expressão que vem do latim e significa “aproveite o dia”. Muita gente perde tempo só reclamando e esquecendo de viver.
Eu a ouvi a primeira vez no filme Sociedade dos Poetas Mortos, lá no final da década de 80. Um professor de literatura vivido por Robin Wilians chega a uma tradicional escola norte americana e incita os jovens a aproveitarem a juventude. Ele usa a poesia para despertar a galera sobre a finitude das coisas e da vida.
A gente, diante de todas as adversidades dos dias atuais, tem esquecido de viver. Tem esquecido de perceber o que há bom no cotidiano. Não temos sido gratos por termos horas e horas para serem vividas.
A vida é muito curta, urgente. Passa como um rastilho de pólvora. Quando a gente se dá conta, pronto, acabou. Lembro de uma entrevista da Hebe Camargo, pouco antes de morrer em decorrência de um câncer.
A grande dama da televisão brasileira, esbanjando bom humor, disse que não tinha medo algum de morrer. Ao contrário, ela tinha medo de não viver. E sentia uma “peninha” de morrer porque a vida era muito boa.
Conforme a gente comentou neste vídeo aqui, é urgente que vejamos o copo meio cheio. As mazelas já são demais. As notícias ruins nos assombram todos os dias. Se não tivermos um mínimo de otimismo e boa vontade, pouco nos restará.
Numa palestra que assisti de Oscar Motomura, ele lembrou da importância de sermos gratos todos os dias quando acordamos. “A gente poderia ter morrido enquanto dormia”, enfatizou.
Muito além de ser um preceito budista – ou de qualquer pessoa espiritualizada – a gratidão é um sentimento nobre. Reconhecendo o privilégio de termos essa vida, esse trabalho, essa família, essa casa, esses amigos, certamente a vida ficará muito, mas muito mais leve.
Agradeça!