Sementes precisam ser de boa qualidade e plantadas em terreno fértil. Do contrário, é impossível que elas floresçam. Quando começa o ano, é muito comum a gente fazer promessas e mais promessas. Todos queremos um dia melhor, uma semana melhor, uma vida inteira melhor. Porém, muitas vezes esquecemos de dar o primeiro passo para que isso ocorra.
As vivências cotidianas vão nos mostrando que a vida é como aquela música do Lulu Santos, Como uma onda: “…um indo e vindo infinito. Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia.”
A gente tem a presunção de achar que nossos atos não têm consequência. Embora eu acredite que devamos viver plenamente o hoje, como se não houvesse amanhã, creio ser fundamental cultivarmos boas relações. No trabalho, com a família, com os amigos, com os afetos. Claro que não existe segredo para uma relação dar certo. Mas se existe um caminho menos pedregoso, certamente é aquele em que exista mais tolerância e respeito à individualidade.
Quando a gente escolhe uma boa semente de milho, por exemplo, é muito provável que tenhamos uma plantação e colheita satisfatórias. O mesmo ocorre com os relacionamentos. Gentileza gera gentileza. Afeto traz afeto. Mesquinharia produz mesquinharia. Violência reforça a violência. Como está escrito na Bíblia, “ao ser agredido, ofereça a outra face”. A parábola, na verdade, chama as pessoas a romperam os ciclos.
Não temos muito o hábito de regar as plantas. De afofar os terrenos. Mas queremos, insistentemente, que haja bons frutos. Desculpe-me: você está se iludindo.
Para que consigamos viver mais e melhor, precisamos cuidar de nós mesmos. Para depois, cuidar dos outros relacionamentos. Estando bem, poderemos olhar o outro com generosidade, empatia, atenção. E talvez resida aí, a melhor promessa e o melhor que poderemos fazer por nós mesmos.
Aproveite 2017 para lançar boas sementes.