maio 9, 2018

Viver sem expectativa: embora necessário, é impossível não criá-la

Viver sem expectativa é o prega algumas religiões, o que diz alguns aconselhadores. Na teoria, funciona muito bem. A prática, entretanto, é muito diferente. Dizem que a escritora e membro da Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz, tinha como “mantra” a não criação de expectativa. Ela não esperava nada da vida, nem de ninguém. Quando algo acontecia, fosse bom ou ruim, não havia grandes sobressaltos emotivos. Algumas religiões – ou seitas/filosofias de vida – também afirmam que é melhor não se apegar a nada. Tudo é transitório, tudo é passageiro. Quanto mais nos prendemos às situações, pessoas e objetivos, maior poderá ser a nossa decepção. Eu juro que me esforço. Mas se isso for um defeito, preciso admitir que o possuo. Não consigo viver sem expectativa. Embora eu tente ao máximo racionalizar tudo aquilo que me cerca, eu espero retorno daquilo que realizo. Sejam dos investimentos financeiros, seja da […]
março 9, 2017

Adélia Prado, uma grande escritora que merece ser lida!

Adélia Prado, mineira de Divinópolis, é uma das nossas principais escritoras vivas. Eu a considero o “Carlos Drummond de Andrade de saias”. Esta sagitariana nascida em 13 de dezembro de 1935, além de poetisa e contista ligada à escola literária do Modernismo, foi também professora e filósofa. Em 1976, com a ilustre recomendação de Drummond, lançou o primeiro livro, Bagagem. Dois anos depois, ganhou o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, um dos principais prêmios da literatura brasileira. O coração disparado tem uma bela resenha neste site aqui. Soltem os cachorros marcou a estreia dela na prosa. Desde então, foram várias obras. Confira os livros de poesia: Bagagem,  Imago – 1975 O Coração Disparado, Nova Fronteira – 1978 Terra de Santa Cruz, Nova Fronteira – 1981 O Pelicano, Rio de Janeiro – 1987 A Faca no Peito, Rocco – 1988 Oráculos de Maio, Siciliano – 1999 Louvação para uma […]
fevereiro 7, 2017

Dom Casmurro: Capitu traiu, realmente, Bentinho?

Dom Casmurro é uma das principais obras da literatura brasileira de todos os tempos. Machado de Assis criou um romance intrincado que até hoje deixa dúvidas sobre a traição ou não de Capitu. Eu gravei este vídeo a pedido do Lucas Correa. Ele participa de uma comunidade no Facebook e tem um blog que fala da “eterna” questão que envolve a obra machadiana. Particularmente, acho fantástico este tipo de iniciativa. É alvissareiro saber que uma obra tão importante continua provocando paixões e debates. A obra faz parte do Realismo, escola literária do final do século XIX. Há quem aponte que Dom faz parte da trilogia realista, precedida por Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891). O romance foi escrito usando muitas figuras de linguagem, com destaque para a ironia e intertextualidade. Há referências, também, à obra de Schopenhauer e à peça Otelo, escrita pelo mais importante dramaturgo […]