Viver sem expectativa é o prega algumas religiões, o que diz alguns aconselhadores. Na teoria, funciona muito bem. A prática, entretanto, é muito diferente.
Dizem que a escritora e membro da Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz, tinha como “mantra” a não criação de expectativa. Ela não esperava nada da vida, nem de ninguém. Quando algo acontecia, fosse bom ou ruim, não havia grandes sobressaltos emotivos.
Algumas religiões – ou seitas/filosofias de vida – também afirmam que é melhor não se apegar a nada. Tudo é transitório, tudo é passageiro. Quanto mais nos prendemos às situações, pessoas e objetivos, maior poderá ser a nossa decepção.
Eu juro que me esforço. Mas se isso for um defeito, preciso admitir que o possuo. Não consigo viver sem expectativa. Embora eu tente ao máximo racionalizar tudo aquilo que me cerca, eu espero retorno daquilo que realizo.
Sejam dos investimentos financeiros, seja da família, sejam dos envolvimentos emocionais.
Quando você decide fazer um curso superior, entendo como natural querer melhorar de vida financeiramente. Ao fazer uma pós graduação, investir no aprimoramento pessoal, como não esperar uma promoção?
Embora eu tenha dito neste post e vídeo que declaração de amor e promoção é algo que a gente merece, mas que nunca se deve pedir, somos humanos e trazemos conosco essas atitudes.
Ao sair com uma pessoa, jantar, dar uns beijos, o passo seguinte é marcar um novo encontro. É conhecer-se melhor. Se a química for boa, então, meu Deus. Só os muito abnegados é que conseguem, os que são mais evoluídos espiritualmente.
Embora a prática e a teoria, neste caso, não combinem, é muito salutar que ao menos tentemos viver sem expectativa. Fazer o que tiver que ser feito, semear, aguar, cultivar até que o fruto apareça. Eita, olha eu novamente esperando algo em troca. Pode ser que o fruto caia antes de maduro, não?
Daí recomeça todo o ciclo.