É humilhante que você implore por amor. Por carinho, por atenção. Nenhuma relação pode ser saudável quando um dos integrantes vive questionando se é amada ou não.
Poetas, cantores, escritores, artistas já cantaram em verso e prosa o significado de amar. Na nossa carência desmedida, ansiamos por mais e mais atenção. E hoje, neste tempo de relações tão fluídas, por qualquer coisa ou situação, afirmamos o amor.
No dia a dia, tudo bem você importunar o outro querendo saber a medida do amor. Muitas vezes alguém faz uma grande gentileza para você, daí você solta um “eu te amo” de bate pronto. Nesses casos, tudo bem.
Mas numa relação estável, duradoura, madura, você não pode constranger o outro com esta pergunta. Imagine a situação: – você me ama?
Qualquer resposta, olhar ou atitude que o outro tenha que não seja sim, vai deixar você mal e a relação precisará ser discutida.
Quando a pessoa se vê intimidada a oferecer uma resposta à carência do outro, tudo perde o significado. Você nunca saberá se o sentimento é espontâneo.
Ou a pessoa olha para você e diz “eu te amo”, “você é muito importante para mim”, “eu estou apaixonado por você” de maneira natural, ou você se sentirá a pior pessoa do mundo. Forçar a barra afetiva é uma grande cilada. Nem brincadeira faça isso com alguém.
Tente, também, inverter o papel. Você gostaria de se ver obrigado a todo momento responder que ama a outra pessoa? Isso deixa os relacionamentos muito pesados.
Não existe segredo para um relacionamento dar certo, mas há indícios de tudo o que colabora para dar errado. Não quero parecer Poliana, mas talvez a principal observação é valorizar aquilo que você tem todos os dias. Nem sempre é preciso verbalizar o amor. Atitudes, muitas vezes, contam muito mais.