agosto 8, 2017

NAMORO COM PASSADO: NÃO SE APAGA O QUE O OUTRO VIVEU

Namoro tem muitas fases. Uma delas, para você que se relaciona pela primeira vez com alguém experiente, é falar sobre o passado. Nem sempre é uma boa. Quando a gente se apaixona pela primeira vez e ficar com aquela pessoa passa a ser algo muito prazeroso, é natural que surjam os jantares, os cinemas, as séries de tevê juntos. Vocês dizem que algo mais sério está rolando e decidem namorar. O detalhe ruim é quando um dos parceiros já namorou antes. Saber lidar com o passado do outro é meio caminho andado para a sua relação dar certo. Por mais inseguro que a gente fique, não é possível apagar a história que o outro viveu. Cada experiência que a gente vive fica marcada para sempre. A gente pode rasgar fotos, apagar mensagens, deletar e-mails, devolver objetos, destruir evidências. Porém, da cabeça do outro, você nunca vai conseguir apagar aquilo que […]
maio 5, 2016

O presente de Mãe!

O presente daquele natal foi uma caixa de isopor. Minha mãe me disse que eu deveria começar a vender sorvetes para ter um dinheiro só meu e não precisar dela para tudo. Dentro daquele presente havia algo maior que qualquer outra coisa que eu pudesse ganhar: aprendizado. O maior presente que podemos guardar de quem amamos é conservar boas lembranças. Vender sorvetes me trouxe muitos aprendizados. O primeiro deles era me empenhar nas vendas. Eu ganhava por comissão pela quantidade de picolés comercializados. Também aprendi a administrar o tempo. Precisava ou pegar poucas unidades ou agilizar as vendas. O verão em Rolândia costuma ser muito quente. Se o sorvete derretesse, eu perderia a venda e, por consequência, a comissão. Tive que saber me defender. Certa ocasião, um grupo de garotos maiores do que eu me cercou. Queriam tomar os picolés que estavam dentro da caixa. Ou seja: a essência de […]
abril 5, 2016

Olha a cobra!

Vítima de uma cobra. Curioso que eu era, parei na praça de Rolândia, onde havia uma trupe de circo. Eles convidavam a população para o espetáculo. Como eles, havia Adelaide.   O mestre de cerimônias fez todo um rapapé para prender a atenção da galera durante alguns bons minutos. Entre uma atividade e outra, anunciava que Adelaide seria a grande atração do dia. Na verdade, Adelaide era uma cobra. Ela ficava guardada num cesto. Num determinado momento da apresentação, o falastrão anunciou que colocaria a cobra no chão. Dotada de poderes mágicos, logo ela identificaria quem era o garoto mais peralta que estava ali assistindo à apresentação. Posta fora do cesto, Adelaide olha para um lado, olha para o outro. Mostra aquela língua que metia medo, rasteja aqui e ali e pimba: parte em minha direção. Num primeiro momento, comecei a duvidar que aquilo estava ocorrendo. COBRA ME PERSEGUIU Mas […]