agosto 1, 2017

CADERNO DE MÁGOAS: A PESSOA QUE REGISTRA A DOR

Caderno de mágoas foi o que um amigo recebeu após se separar. A ex anotara tudo o que a entristecera em oito anos de casamento. O detalhe curioso é que durante todo o período do relacionamento, nunca o casal teve qualquer desentendimento. Sabe aquela dupla que todos os amigos invejam? Que são cúmplices, parceiros, bem resolvidos, bem sucedidos profissionalmente, viajados, cultos. Qual não foi a surpresa quando os dois anunciaram a separação. Todos os amigos ficaram de queixo caído ao receberem a notícia. Pior ainda foi quando, tempos depois, soubemos pelo meu amigo sobre o tal caderno de mágoas. A figura teve o capricho de anotar dia, horário e local onde qualquer situação de mal estar tenha ocorrido. E foi listando uma por uma, numa interminável conversa de final de relação. Creio que nem mesmo Nelson Rodrigues seria capaz de imaginar algo tão inusitado. CADERNO DE MÁGOAS É O REGISTRO […]
abril 25, 2017

SIMPATIA NÃO É INTERESSE! NEM TODOS DÃO “MOLE” PRA VOCÊ!

Simpatia e atenção podem ser confundidas com um estar interessado. Cuidado para a carência não cegar você. O dicionário define simpatia como “afinidade moral, similitude no sentir e no pensar que aproxima duas ou mais pessoas.”. Ou ainda “relação entre pessoas que, tendo afinidades, se sentem espontaneamente atraídas entre si.” Já interesse significa “o que é importante, útil ou vantajoso, moral, social ou materialmente. Um serviço de interesse público”. Também pode ser “estado de espírito que se tem para com aquilo que se acha digno de atenção. O que faz a gente confundir essas duas palavras – ou melhor, atitudes – é a constante carência dos dias atuais. Como na maior parte do tempo parecemos ser invisíveis ao outro, aquele que nos trata com um mínimo de gentileza e cuidado torna-se um alvo em potencial. Também costumamos confundir a boa educação, o bom tratamento como algo fora do normal. Creia: […]
dezembro 20, 2016

Vidas medíocres: o que você faz para mudar isso?

Vidas medíocres. Este tem sido um assunto recorrente nas diversas conversas que tenho com meus amigos. Todo mundo tem reclamado muito que as coisas estão difíceis, que os dias passam voando, que as pessoas cada vez se importam menos que as outras. Isso me fez lembrar um poema da Marina Colassanti, publicado em 1972.  Veja que beleza é Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o […]