logologologologo
    • Contos e Recontos
    • Vi, gostei e recomendo
    • Essa tal felicidade…
    • Minha mãe disse…
    • Podcast
      MOTIVAÇÃO: DE ONDE ELA VEM E POR QUE VOCÊ PRECISA DELA?
      agosto 10, 2017
      Penetra em festa: não há nada mais deselegante!
      agosto 15, 2017

      Adelaide e o sonho, quase impossível, de se casar!

      Adelaide não fazia questão de esconder a origem humilde. Mais do que isso. De vez em quando fazia questão de frisar que tinha nascido no meio da roça e que se fez “por si só”.

      Conservava características ímpares. Após terminar uma refeição, nunca se intimidou em palitar os dentes. Andar pela rua com os cabelos enrolados em bobes, de longe, não era constrangimento algum. Volta e meia se pegava com as moças modernas e chiques que encontrava na cidade.

      “Vocês são umas bestas. Umas bestinhas”, dizia.

      Adelaide já passava dos 30 anos e sonhava com o príncipe encantado. Na verdade, já choramingava em frente ao espelho, sentindo-se velha.

      “Uma titia. Fiquei pra titia. Ai meu Deus, me livre desse pesadelo”, repetia sempre.

      ADELAIDE E O AUTO ENGANO

      Era uma tarde de domingo, ela chupava uma massa na praça da igreja matriz. Um carro novinho em folha, de repente, bate no famoso abacateiro. Levou um susto e pulou do banco. Correu pra ajudar. Dentro do veículo, o que a gente pode chamar de um homem garboso. Mesmo com o rosto coberto com sangue, percebeu que era um galã. Tinha traços bonitos.

      “É ele. Eu tenho certeza. É ele”, suspirou.

      No amontoado de curiosos, alguém tratou de pedir socorro, que chegou rápido.

      “É parente?”, perguntou o policial.

      “Namorada. Namorada”, respondeu sem titubear.

      O moço, desacordado, foi levado numa maca. Adelaide segurou-lhe as mãos o quanto pode. Viu a ambulância partir. Por algum tempo, ficou desnorteada. Estralava os dedos, roía as unhas, andava de um lado pro outro. Lembrou da amiga Catarina. Do telefone público, pediu socorro.

      “Me pegue aqui na praça. Preciso ir ao hospital. Venha, rápido. Por favor me ajude”, quase suplicou.

      Catarina não demorou. Enquanto iam, a amiga tratou de sintonizar uma estação de rádio local. No meio da música, notícia de última hora.

      “O socorro foi rápido. Mas Paulo Henrique de Souza não resistiu aos ferimentos. Da praça ao hospital, foram menos de 10 minutos. Lá, ele já chegou morto”.

      Adelaide não acreditou no que acabara de ouvir. Lágrimas caíram e ela chorou compulsivamente. A música, na rádio, continuou.

      “Nada mais importa agora

      Você foi embora e eu fiquei tão só

      Sigo, sem saber meu rumo

      Eu não me acostumo sem você aqui

      De que vale ter tudo na vida

      De que vale a beleza da flor

      Se eu não tenho mais teu carinho

      Se eu não sinto mais teu calor”.

      Share
      1

      Posts relacionados

      agosto 15, 2017

      Adelaide e o sonho, quase impossível, de se casar!


      Leia mais
      março 9, 2017

      Adélia Prado, uma grande escritora que merece ser lida!


      Leia mais
      fevereiro 7, 2017

      Dom Casmurro: Capitu traiu, realmente, Bentinho?


      Leia mais

      Deixe um comentário Cancelar resposta

      O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.




      Siga-me!

      Facebook
      Instagram
      Youtube
      Twitter

      Youtube

      subscribeInscreva-se no canal
      «
      Prev
      1
      /
      86
      Next
      »
      loading
      play
      Atitude, amor, palavra
      play
      Marketing do amor diz muito como será o seu relacionamento
      play
      Aplicativos de Transporte: dicas para você facilitar a vida de todo mundo
      «
      Prev
      1
      /
      86
      Next
      »
      loading

      Eu sou assim…


      Sou apaixonado por pessoas, pela vida, pelo cotidiano, pelo comportamento. Um observador nato que aprendeu a ouvir e contar histórias – a parte mais encantadora do jornalismo, profissão que parece ter me escolhido. Prestes a me aposentar, estou cursando Psicologia na PUCPR. Este espaço trará minhas impressões sobre leituras, teorias, vida real. Se você contar algo pro tio, o tio também fará o mesmo.  Vamos juntos?

      Tags

      amigos amizade amor amor próprio Armani Exchange Batel Calvin Klein Jeans carpe diem carreira profissional casamento comportamento conta pro tio cumplicidade curitiba CWB educação família felicidade Festina Watches filhos Florianópolis Floripa intimidade Londrina namoro novela Paixão Paraná psicologia rede globo redes sociais relacionamento relacionamentos relações estáveis respeito rolandia romance sexo solidão teledramaturgia telenovela tolerância trabalho Têmpera Comunicação vida a dois

      Posts recentes

      • Depressão atinge 8% de crianças e adolescentes
      • Depressão: o mal do século que assola o Brasil
      • Coragem para envelhecer
      • Atitude, amor, palavra
      • Autoimagem e o olhar do outro
      Criado por Priory Comunicação
      Conta pro Tio - Todos os Direitos Reservados