O poder do não é algo absolutamente pedagógico e serve para todo tipo de relacionamento. Estabelecer limites para o outro é fundamento para a boa convivência. Eu, particularmente, acho que o não, nas mais variadas situações, é uma verdadeira prova de amor.
Eu, você, todo mundo, temos o hábito de avançar o sinal. Conscientemente ou não, vamos tentando ocupar espaços aparentemente vazios. é da nossa natureza. Simples assim. O detalhe é que muitas vezes isso gera um desconforto àquele que tem a individualidade invadida.
O não, para mim, é totalmente pedagógico. Quando dito de forma amorosa, sem raiva ou rancor, ele funciona muito bem. Deixa as relações mais transparentes, tranquilas e afáveis. E todos nós buscamos isso, né? Este vídeo foi gravado no Ribeirão da Ilha, durante a minha estada em Florianópolis. Um lugar que merece ser visitado.
Alunos são pródigos em testar os limites dos professores, por exemplo. Deixam de cumprir prazos de entrega de trabalhos na expectativa de conseguir uns dias a mais. Alguns têm a desfaçatez de ficarem surpresos quando contrariados.
Filhos também colocam os pais à prova. Insistem até não poderem mais, exaurindo pai e mãe na tentativa de impor uma vontade. Aos pais cabe o papel de estabelecer o limite claro e definitivo: dizer não sempre que necessário. Se isso não for feito e ensinado em casa, fora dela pode ser muito mais doloroso. A vida cobra sem pestanejar. E caro.
Relacionamentos afetivos também podem ser abusivos. Essa história de encontrar a “tampa da panela”, a “metade da laranja” é tudo papo furado, fantasia romântica de quinta. Sem respeito, nada sobrevive.
Família costuma ser campeã em invadir espaço alheio. Todo mundo tem alguém que se intromete onde não deve. Aquela pessoa que só traz problemas, só reclama, que não vê nada de bom em nenhuma situação. Para esses, um não bem claro e sonoro pode fazer muita diferença.
Lembre-se: assim como o amor, se você não se respeitar, ninguém fará isso no seu lugar.