A internet virou um vício. Seja pelo uso do smartphone, tablet, notebook, o fato é que as pessoas ficam muito tempo conectadas. E esquecem algo bem simples: existe vida fora dos aplicativos.
A tecnologia trouxe um efeito totalmente imprevisível sobre as relações humanas. A facilitação do contato, que em primeiro momento se aliava à praticidade, hoje anda de mãos dadas com o distanciamento. Muitas vezes precisamos de apoio na vida, apoio presente. Um emoticon ou um rápido e-mail não suprem essa necessidade.
De acordo com reportagem de Lívia Dâmaso, publicada no G1, “As redes sociais caíram mesmo no gosto dos brasileiros. De acordo com os dados da pesquisa “Futuro Digital em Foco Brasil 2015” divulgada pela comScore, 45% dos brasileiros gastam 650 horas em média por mês nas redes sociais. São 290 horas a mais do que navegando nos portais de notícias. Isso significa 60% mais que o resto do planeta. Atrás do Brasil estão Filipinas, Tailândia, Colômbia e Peru.
A pesquisa também revelou que 90% do tempo gasto na Internet nos dispositivos móveis, como celular e tablets, são em sites como Facebook, Twitter, Instagram e Pinterest. E ainda, cada visita às redes dura, em média, 21,2 minutos.
O grande problema sempre é o exagero. É claro que a aproximação virtual pode ser mais “tranquila” para os mais tímidos. Mas isso não implicará o contato real, caso os dois queiram de fato estreitar o relacionamento.
Existem coisas que não se dividem, nem se discutem à distância. É na observação do dia a dia, no acolhimento cotidiano que os encontros se fortalecem. Sair de um namoro virtual para uma relação estável, implica num face a face. Impossível fugir disso. Pessoas importantes na nossa vida não podem simplesmente receber uma mensagem de feliz aniversário pelo whatsapp.
Há muita vida fora do mundo digital. Ela precisa e deve ser experimentada.