Chutar o “pau da barraca”, sair esbravejando de um trabalho ao ser demitido. Em tempos de relações tão líquidas, este comportamento pode eliminar possibilidades de trabalho.
Ok, beleza. Você foi demitido, assim do nada. Qualquer pessoa ficaria muito chateada, puta da vida mesmo. Pela sua cabeça passarão conceitos como justiça, injustiça, respeito, desrespeito. Reconhecimento, afinal.
Quando a gente é muito jovem, este tipo de comportamento até é compreensível. Com o passar do tempo, porém, isso se revela uma tremenda imaturidade.
Perdoe o clichê, mas a vida é feita de ciclos. Hoje você está na pior, amanhã a situação muda. Como bem cantou o Lulu Santos, “a vida vem em ondas, como o mar, num indo e vindo infinito”.
Como bem disse o letrista, “nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia”. Se você tiver dois minutos de sangue frio, certamente chegará à conclusão que sair de um trabalho “numa boa” pode ser a possibilidade de um novo recomeço.
O trabalho não apenas dignifica o homem. É uma das nossas principais razão de viver. Portanto, após o luto pela perda de um trabalho, o melhor é respirar fundo, “engolir o choro” e, principalmente, a raiva e não ficar nervoso.
Falar mal do ex-patrão pode ser algo muito ruim para a sua carreira profissional. Se você for de uma área muito específica, isso fica ainda pior porque, obviamente, os empregadores se conversam. Eles sabem quem é quem no mercado.
Quando isso não ocorre, com algumas poucas ligações ou mesmo buscando informações pelas redes sociais, o “novo” contratante saberá quem você é. Provavelmente, se ele encontrar qualquer desabafo seu contra ex-patrões, suas chances serão zero.
Portanto, chutar a porta só revela o quanto você é infantil. E isso pode lhe custar muito, mas muito caro.