A maior prova de amor nos dias atuais é fugir do contato meramente virtual. A realidade pode ser muito mais bacana. Como bem argumentou Zygmunt Bauman nos livros Tempos Líquidos e Amor Líquido, a insegurança é um fenômeno das grandes cidades.
Ele também ressalta a fragilidade dos laços humanos tanto nas relações pessoais e afetivas quanto nas sociais e profissionais.
Neste tempo de tantas tecnologias, arrisco dizer que você telefonar para alguém é a maior prova de amor que você pode dar.
Dias atrás fui à balada atrás de um possível crush da internet. As postagens da figura sempre giravam em torno do bom comportamento, do louvor a Deus etc. e tal. Pois bem. Cheguei lá, fiquei só observando. Em uma hora ele beijou seis pessoas diferentes. Confesso que não consegui dar conta. Achei demais.
Creio não se tratar de puritanismo, mas do apreço por um mínimo de coerência. Entretanto, falando sobre o assunto com amigos do cursinho, eles disseram que isso é absolutamente normal.
Se você apostar que estou meio carente, pode ter certeza que vai ganhar. Estou me sentindo meio sozinho sim. Tenho desejado estar com os amigos, com os afetos, com os parentes. Conversar, tomar um café. Às vezes apenas ligar para ouvir a voz do outro.
Como muito bem cantou o Stevie Wonder, “I just called to say I love you”. Ou como traduziu Gilberto, o Gil – a rima ficou péssima, eu sei – “só chamei porque te amo, só chamei porque é grande a paixão”.
Como falei neste vídeo aqui e neste outro, precisamos de um pouco mais de atenção. A tecnologia surgiu para nos aproximar. A vida e as pessoas precisam muito mais que mensagens e recados pelo whatsapp. De vez em quando, não precisa ser sempre, liga pra mim. Eu vou gostar de ouvir a sua voz!