Vitimização é a palavra da moda. Muita gente, como no caso dos finalistas do BBB18, contam histórias tristes para ter empatia com o público.
Nelson Rodrigues costumava dizer que o brasileiro só é solidário no câncer. É um exemplo de que o mais importante dramaturgo nacional estava coberto de razão. Ao olhar, participar e compartilhar os infortúnios alheios, parece que o nosso problema fica muito menor. Neste caso, render-se à vitimização é quase certeza de que alguém vai olhar pra você.
O problema é que isso pode, também, despertar o pior sentimento que algum pode sentir por outra pessoa: a pena.
Este site aqui, traz um bom conceito. “Existem diversos papéis que as pessoas podem assumir na vida, mas nem todos são iguais quando se trata em viver feliz ou com inteligência emocional. Há um papel que devemos evitar acima de tudo: o papel de vítima. Ou seja, não é uma boa ideia ser motivo de autocompaixão, pena ou vitimização.”
Um bom exemplo, são os três finalistas da última edição do Big Brother Brasil conduziram o “jogo” despertando a compaixão do público. Todos eles, por variados motivos, choraram, gritaram, urraram (casos de Aírton e Kaysar), chamando a atenção para o momento que vivem.
Enquanto o primeiro acalentava o sonho de estar no programa há 16 anos, o outro via no prêmio final, a chance de trazer a família da Síria. Ele é um refugiado de guerra e soube como ninguém administrar esta “característica”.
Desta forma, podemos afirmar que somos o resultado de nossas vivências e cada experiência que passamos deixa em nós uma marca. É isso que nos faz humanos.
Adversidades existem para todos. A diferença é como cada um vai lidar com elas. Pode-se, simplesmente, entristecer-se por alguns momentos. Porém, é inevitável sacudir a poeira e recomeçar.
A vida gosta de quem a morde, quem a agarra com todas as forças. Não caia nessa tentação.
E lembre-se sempre do Lulu Santos, em Toda Forma de Amor: “não vou posar de vítima sobre a circunstância”.