Reclamar quando está frio, quando está quente, quando está sol, quando chove. Se você não entende sua insignificância diante do tempo, é preciso rever os seus conceitos. rs
Certa vez eu estava praguejando contra o horário de verão. Meu amigo perdeu a paciência e me perguntou: adianta reclamar?
Na sequência, me passou aquele sabão. Desde então – lá se vão pelo menos uns 15 anos – nunca mais reclamei do tempo.
Porque esta é uma daquelas situações na vida que você não pode fazer absolutamente nada.
O tempo vai seguir o próprio curso, independentemente da sua vontade, gostou ou preferência.
Este site aqui tem uma boa definição: “Reclamar (do latim reclamāre: “gritar contra”) é opor-se a algo ou protestar oralmente ou por escrito. Queixar-se de alguma desconformidade, reivindicar ou exigir algo que foi injustamente tomado”.
A partir deste conceito, qual a injustiça realizada quando o clima não está ao seu gosto? Absolutamente nenhuma.
Há uma passagem na Bíblia de que gosto muito. Está no livro de Eclesiastes, capítulo 3.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;”
Se há este tempo programado para a sucessão de acontecimentos terrestres, há que se pensar nas variações climáticas.
Há plantas que se adaptam ao frio. Outras só frutificam no calor. Para que o dia faça sentido, é preciso que tenhamos a noite.
Ou seja: tudo tem o contraponto perfeito para o ajuste natural das coisas.
A agricultura precisa de doses adequadas de chuva. A neve gera renda e lazer para muitas pessoas.
Nossa incompletude também se manifesta nesses opostos. Dia com sol, vamos à praia.
Dia com chuva, ficamos em casa, comendo pipoca, vendo um bom filme.
Ou seja, de que adianta reclamar?