Sonhar, planejar, desejar. Três verbos que nos impulsionam para a realização de muitos dos nossos objetivos. Porém, eles são seus. Não dos outros.
Eu tenho muitos sonhos, projetos que vou realizar. O principal deles está relacionado a viajar para vários países. Gosto de conhecer outras culturas, outras realidades, outros costumes.
Existem teorias que afirmam que é o desejo, a falta de algo que nos move. É o sonho que nos mobiliza, nos tira da zona de conforto para a realização dos mais variados projetos.
Sonhar torna menos árdua as dificuldades do cotidiano, as irritações do trabalho, as barreiras que precisamos superar todos os dias. Ao final, espera-se que o resultado de nosso esforço seja recompensado com a realização de algo muito desejado.
Enquanto isso está apenas no plano individual, está tudo certo. Firmeza. O problema é quando alguém acha que pode sonhar e definir um desejo de outra pessoa. Além de um grande vacilo, isso vai te trazer muitos problemas e frustrações.
Quando eu me tornei gerente do Banco do Brasil tinha a missão de preparar alguém para me substituir nas minhas ausências. Consegui um funcionário excelente. Quando apareceu outra vaga de gerente, inscrevi-o, defendi-o com todas as forças para que ele fosse nomeado. Ao final do processo, ele me disse que não queria aquela vaga. E que iria pedir demissão do Banco.
Aquilo foi um excelente sinal para mim. De que eu não deveria planejar nada para alguém sem consultá-la. As pessoas têm desejos e interesses muito particulares.
Os pais, infelizmente, cometem muito esse erro. Projetam nos filhos aquilo que não conseguiram realizar. Claro que não existe uma má intenção nisso tudo. Porém, quando o rebento não corresponde à expectativa, o conflito está armado.
Portanto, até mesmo o sonho é solitário e individual. É você que deve responder por ele. E somente você.