Solitude é aquele estado em que você enfrenta a solidão, mas está na própria plenitude, feliz com a própria companhia. Assim, ninguém poderá lhe abandonar.
O assunto não é novo nem mesmo aqui no site. Pouco mais de um ano atrás, eu gravei sobre o tema, conforme você pode verificar aqui.
Aliás, por uma dessas incríveis coincidências, foi perto do meu aniversário. A data sempre me faz refletir sobre a minha jornada. Se o caminho que percorri está dentro daquilo que eu imaginava.
Em situações assim, é quase inevitável a gente se sentir só. Por uma razão muito simples: a solidão é a nossa companheira mais fiel, efetiva e eficaz.
Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e padecemos também sozinhos. Eu decidi retomar o assunto porque percebo que o abismo entre as pessoas parece só se aprofundar.
O tempo, sempre ele, vai nos mostrando que o mais indicado mesmo é lutar e buscar a solitude.
Se você for procurar no dicionário, não vai encontrar um significado. É que a solitude é a junção de duas outras palavras: solidão mais plenitude.
Daí sim, solitude x solidão ganha sentido, faz alguma diferença. Se você já viajou de avião, deve se lembrar das recomendações dos comissários de bordo. Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão a sua frente. Coloque-a primeiro em si, depois ajude os outros.
Você é a sua melhor companhia. Ficar sozinho é algo que não deve colocar medo em ninguém. Ao ficarmos procurando pelo outro, em tempos líquidos, de maneira compulsiva, corremos o grande risco de ficar com qualquer pessoa.
Somos fontes de irradiação de energia. Há radares nas outras pessoas, que captam os nossos sentimentos. Assim, se você estiver bem na sua companhia, é mais provável que atraia alguém na mesma vibe.
Se você estiver com você, afinal quem vai conseguir lhe abandonar?