Silêncio e caminhar por alguns minutos diariamente, apontam pesquisas, colocam você em um equilíbrio mínimo para enfrentar os desafios diários.
Cada vez mais temos a sensação de que o tempo está voando. E isso ocorre porque a tecnologia nos facilita fazer milhões de coisas ao mesmo tempo. Enquanto esperamos na fila do banco, por exemplo, checamos o Instagram. À espera de uma consulta médica, olhamos as últimas notícias.
A prática cotidiano impede que fiquemos em silêncio. Tudo nos leva ao movimento, ao barulho, ao ruído. Por conta disso tudo, cada vez menos ficamos em contato conosco. Somos quase que obrigados a falar, manifestar-se, debater.
Pesquisas mostram que duas atitudes muito simples podem nos devolver o equilíbrio e nos reenergizar para recomeçarmos. Segundo esses dados, bastam cinco minutos de silêncio e cinco minutos de caminhada que algo se modifica no nosso cotidiano.
De acordo com este site aqui, “o silêncio é a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis. E a tomada de consciência de que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve, ou que a linguagem não alcança, é um traço decisivo do conhecimento.”
Já sobre o caminhar, a mesma pesquisa faz considerações. “A prática do caminhar nas cidades encerra conotações relacionadas ao prazer. Trata-se de desfrutar daquilo que você percebe, de se deleitar com os atrativos que a cidade lhe oferece pelos sentidos.”
Embora, num primeiro momento, possa parecer que este silêncio e caminhar sejam práticas impossíveis, eu acredito que não. Acostumado ao barulho e ao ruído, tenho me desafiado diariamente a conseguir os dois feitos.
Quando chego em casa, deito, fecho os olhos e escuto apenas os ruídos da cidade. Tomo a mesma atitude quando vou ao trabalho. Abdiquei do carro e antes usava fones para ouvir músicas. Agora não.
Faço o trajeto apenas observando o barulho dos carros, das pessoas, do movimento. E sigo pensando nos desafios que o dia vai me proporcionar. Confesso que sinto-me muito melhor agora.