Raduan Nassar escreveu apenas três livros e disse que não tem mais nada a dizer ao mundo. Ainda assim recebeu o Prêmio Camões 2016, o principal reconhecimento da literatura de língua portuguesa.
Eu sou simplesmente apaixonado desde que assisti Lavoura Arcaica. E acho que se você se permitir, vai curtir e muito. O livro está na lista das leituras obrigatórias para o vestibular da Universidade Federal do Paraná. O diretor Luiz Fernando Carvalho filmou a obra com muita fidelidade ao texto original. Tanto um quanto o outro são excelentes.
Em Lavoura Arcaica, Raduan Nassar, conta a história de André, um filho que sai de casa para fugir da dominação do pai. O patriarca é rígido e conduz a educação dos filhos de forma muito dura. A trama insinua que existe um amor incestuoso com Ana, a irmã. Por conta desse desejo, ele foge de casa.
Pedro, o filho mais velho, vai buscar André. Argumenta que a mãe sofre muito com a ausência dele, esperando ansiosa pelo retorno.
Usando parábolas, Pedro narra os acontecimentos da família e fica implícito que há muitas coisas dentro daquelas paredes.
André retorna ao lar, tem um embate duro, porém amoroso, com o pai. E leva uma bela sacudida do irmão caçula, que o avisa que ele, o mais jovem, vai fugir de casa e da tirania do pai.
Diante do pai, André admite cansaço, humilha-se após entender o significado da solidão e da miséria. Pede perdão e o amor do pai.
Numa festa preparada para recebê-lo, Ana dança sensualmente, usando roupas de prostitutas que André trouxera. O pai, então, percebe o que estava acontecendo entre os irmãos. Desesperado, tenta agredir Ana. Sofre um ataque de tristeza e morre.
Li o livro e vi o filme várias vezes. E recomendo sob todos os aspectos.