Em pleno 2016, gays ainda sofrem rejeição quando assumem a sexualidade. Não é a toa que estamos cercados de ódio e intolerância. Hoje, assumir a sexualidade se torna um ato de coragem. A fragilidade das relações próximas é quase inevitável, tornando tudo muito mais difícil para ambos os lados. Respeito é o mínimo pedido de quem encara o fardo de revelar ser quem verdadeiramente é.
Este vídeo foi gravado porque, no intervalo de um mês, três jovens me contaram sobre a reação dos pais quando revelaram que eram gays. Em nenhuma casa a situação foi tranquila. Numa delas, inclusive, a garota acabou sendo expulsa de casa.
Da mesma forma que ninguém olha pra própria vida e decide ser heterossexual, aqueles que gostam de pessoas do mesmo sexo também não o fazem. A pessoa simplesmente nasce com esta características. Há quem diga que existem pesquisas indicando alguma diferenciação na região do hipotálamo. Seria algo que ocorre ainda durante a gestação.
A grande maioria dos gays que eu conheço passa por dois momentos de sofrimento. O primeiro é quando eles mesmos se dão conta que possuem um desejo diferente da maioria. O segundo grande terror que os atormenta é a reação da família. Eu achei que isso fosse coisa do passado, mas o relato desses meus amigos provou que não.
Embora sejam pais com formação de nível superior – de quem se esperaria um pouco mais de entendimento e compreensão sobre o tema – eles reagem de maneira muito primitiva. Ninguém escolhe, em sã consciência, uma vida de marginalidade. Nenhum gay ou lésbica busca a discriminação, o preconceito e, muitas vezes, a violência.
São muitas as notícias envolvendo assassinatos de homossexuais, grande parte sem solução. Brigando ou não, compreendendo ou não, a pessoa não vai deixar de ser o que é por causa da vontade dos pais. Melhor que sejam verdadeiros consigo e com a família, do que criarem uma vida dupla, envolverem terceiros em histórias que não têm chance de prosperar.
Respeito é a palavra.