logologologologo
    • Contos e Recontos
    • Vi, gostei e recomendo
    • Essa tal felicidade…
    • Minha mãe disse…
    • Podcast
      Chutar a porta quando se perde um trabalho é decisão imatura
      maio 2, 2018
      Viver sem expectativa: embora necessário, é impossível não criá-la
      maio 9, 2018

      Mirandópolis: o dia que enlouqueci meus pais ao me perder na cidade

      Mirandópolis era a cidade onde moravam meus tios maternos. Fomos passear lá e eu saí rua afora. Tinha quatro anos e, claro, não consegui voltar pra casa.

      Meu pai sempre dizia que visita boa era aquela que não durava mais de três dias. Dentro dessa premissa, fomos então visitar meus tios maternos. Minha tia se chamava Virgínia, mas nós a chamávamos de tia Nega por ela ser a mais morena das irmãs da minha mãe.

      Junto com o marido, o tio Roque, eles tinham um bazar e moravam no andar de cima da loja.

      Enquanto todos tomavam café, eu desci silenciosamente, passei por entre os brinquedos, peguei um deles e saí rua afora. Pra falar a verdade, nem sabia pronunciar o nome da cidade corretamente.

      Caminhando sem rumo, perdi totalmente a noção do tempo e fui andando sem parar. Claro que chegou um momento em que eu me dei conta que precisava voltar. Mas como fazer isso quando se tem quatro anos de idade?

      MIRANDÓPOLIS DEIXOU HISTÓRIA PARA CONTAR

      Naquele dia, o anjo da guarda protetor das crianças estava de plantão e olhando só pra mim. Um alfaiate percebeu que eu estava perdido e veio falar comigo.

      Perguntou quem eu era e onde estavam os meus pais. Respondi que eu era o Edi, filho da irmã Alice e do irmão João e estávamos na casa da tia Nega.

      Creio que ele deve ter arregalado os olhos, mas de qualquer forma, teve uma ideia genial. Levou-me à Rádio Clube de Mirandópolis. Chegando lá, fui recebido como um príncipe. Toda a equipe começou a me paparicar. Eu era uma criança muito falante.

      De tempos em tempos, eles me colocavam no ar e eu dizia meu nome, o dos meus pais, da tia Nega e do meu primo Júnior. Ou seja…

      Já era quase fim de tarde quando meu primo, afinal, sintonizou a rádio e me ouviu. Foram me buscar e eu estava todo faceiro com o montne de presentes que ganhara. Minha mãe, nervosíssima, nem teve forças para ficar brava.

      Eu lembro dessa história com toda essa riqueza de detalhes porque, desde então, ela sempre foi assunto da família.

      Share
      2

      Posts relacionados

      março 6, 2025

      Depressão atinge 8% de crianças e adolescentes


      Leia mais

      Psychiatrist writing down story of her patient

      janeiro 25, 2025

      Depressão: o mal do século que assola o Brasil


      Leia mais
      O envelhecimento não pode ser romantizado

      Não se pode fugir do óbvio: só é possível viver, vivendo

      outubro 30, 2023

      Coragem para envelhecer


      Leia mais

      Deixe um comentário Cancelar resposta

      O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.




      Siga-me!

      Facebook
      Instagram
      Youtube
      Twitter

      Youtube

      subscribeInscreva-se no canal
      «
      Prev
      1
      /
      86
      Next
      »
      loading
      play
      Atitude, amor, palavra
      play
      Marketing do amor diz muito como será o seu relacionamento
      play
      Aplicativos de Transporte: dicas para você facilitar a vida de todo mundo
      «
      Prev
      1
      /
      86
      Next
      »
      loading

      Eu sou assim…


      Sou apaixonado por pessoas, pela vida, pelo cotidiano, pelo comportamento. Um observador nato que aprendeu a ouvir e contar histórias – a parte mais encantadora do jornalismo, profissão que parece ter me escolhido. Prestes a me aposentar, estou cursando Psicologia na PUCPR. Este espaço trará minhas impressões sobre leituras, teorias, vida real. Se você contar algo pro tio, o tio também fará o mesmo.  Vamos juntos?

      Tags

      amigos amizade amor amor próprio Armani Exchange Batel Calvin Klein Jeans carpe diem carreira profissional casamento comportamento conta pro tio cumplicidade curitiba CWB educação família felicidade Festina Watches filhos Florianópolis Floripa intimidade Londrina namoro novela Paixão Paraná psicologia rede globo redes sociais relacionamento relacionamentos relações estáveis respeito rolandia romance sexo solidão teledramaturgia telenovela tolerância trabalho Têmpera Comunicação vida a dois

      Posts recentes

      • Depressão atinge 8% de crianças e adolescentes
      • Depressão: o mal do século que assola o Brasil
      • Coragem para envelhecer
      • Atitude, amor, palavra
      • Autoimagem e o olhar do outro
      Criado por Priory Comunicação
      Conta pro Tio - Todos os Direitos Reservados