A relação fica estável, começa a rotina e o casamento parece um deserto de sexo. Mito ou fato?
Se existe uma coisa que brasileiro gosta é sexo. Se existe duas coisas que o brasileiro gosta é reclamar da qualidade da vida sexual.
Dias atrás estava no supermercado e duas amigas se encontraram. Pela reação, não se viam há muito tempo. Uma delas perguntou alto: e o casamento? A outra respondeu sem titubear: – vai bem. Viramos irmãos.
A resposta me deu um arrepio na espinha. Não pela situação, mas por perceber que ela só estava assumindo algo que de fato acontece na maioria dos casamentos.
É óbvio que ninguém espera que depois de dois, três anos juntos, o casal transe todo dia. Porém, muitos deles ficam semanas, meses sem contato físico. E isso é um antídoto em qualquer relacionamento.
Perguntei a um terapeuta sexual, tempos atrás, sobre a frequência mínima e sadia de relações que um casal precisa ter. Ele foi enfático em dizer que ao menos uma vez por semana é bom que o casal transe. O ideal mesmo seriam duas vezes. Se o casamento não tiver esta frequência, é bom sentar e discutir a relação?
O detalhe é que a rotina faz a gente se descuidar do outro. Os carinhos, as gentilezas também rareiam. Daí não há desejo que sobreviva. Como sentir vontade de transar com alguém que começou a manhã distribuindo patadas?
Outro veneno para as relações pode vir com a chegada dos filhos. O casal precisa ficar muito atento e não se esquecer de que são marido e mulher. O bebê não deve ficar no quarto dos pais. Homem e mulher não podem se chamarem de pai e mãe. Não é este o papel que um desempenha para o outro. Se quiserem manter a paixão viva, não dá pra mudar o código de comportamento.