Empatia acontece quando você não só se coloca no lugar do outro, mas você tenta ver o mundo como ela. Eu abri este vídeo com versos de Jacob Levy Moreno. Médico, psicólogo, filósofo, dramaturgo turco-judeu nascido na Romênia, crescido em Viena, na Áustria e naturalizado americano. Ele é o criador do psicodrama e pioneiro no estudo da terapia em grupo. Confira parte dos escritos dele:
LEMA DO PSICODRAMA
Um Encontro de dois:
olhos nos olhos,
face a face.
E quando estiveres perto,
arrancar-te-ei os olhos e
colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos
para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
e tu ver-me-ás com os meus.
Eu tive contato com esses versos numa dedicatória feita num livro que ganhei de presente. Sempre tive preocupação e cuidados com essas palavras e tento, o melhor que consigo, colocá-las em prática. É o que podemos também chamar de empatia.
No dicionário, a definição é simples. Trata-se de um substantivo feminino que significa “faculdade de compreender emocionalmente um objeto (um quadro, p.ex.).; capacidade de projetar a personalidade de alguém num objeto, de forma que este pareça como que impregnado dela.”
O site Conceito de explica que “A empatia consiste na atitude de um sujeito relativamente a outro, caracterizada por um esforço objectivo e racional de compreensão intelectual dos sentimentos daquele. Como tal, a empatia exclui os fenômenos afetivos (simpatia, antipatia) e os juízos morais. A empatia é portanto um dos instrumentos a que recorrem os psicólogos na sua atividade profissional.”
Eu percebo que tem sido cada vez mais desafiador colocar-se de fato no lugar do outro. Vivemos um tempo hedonista, de exagerado individualismo. Pensamos mais no próprio umbigo e respectivos problemas e esquecemos que vivemos em grupo. E para que isso seja minimamente honesto seria bom que tentássemos olhar o mundo por outro prisma. O do outro.