Contar tudo o que se passa na vida para o seu (sua) parceiro (a) pode lhe trazer muito mais dor de cabeça do que o silêncio sobre assuntos indigestos.
Eu acho bem interessante como determinados casais fazem questão de compartilhar absolutamente tudo. Percebo que, na grande maioria das vezes, isso não faz sentido algum. O exemplo mais clássico é fazer o número 1 e o número 2 de portas abertas. Não há romance que resista a isso.
A decisão de gravar este vídeo veio por conta dos muitos depoimentos prestados na Operação Lava Jato. Confrontados, os réus em diversas ações dizem que nada sabiam sobre a origem do dinheiro ou mesmo da “atitude” dos respectivos cônjuges.
Ora, ora, ora! Claro que se você tem um apartamento simples e decide trocá-lo por um tríplex, isso deve ser dividido entre o casal. Qualquer item que vá compor o patrimônio é algo relevante. Neste caso, é necessário sim contar ao outro.
Claro que se houvesse uma fórmula para a felicidade a dois, a pessoa detentora dos direitos sobre ela estaria milionária. Penso, então, que as coisas triviais do cotidiano, seja no trabalho, no estudo, na família, não precisam ser contadas ao seu parceiro.
Determinados problemas ou questões familiares muito íntimas também precisam ser avaliados. Quando se trata da família do outro, tendemos a opinar, a considerar que temos mais condições de resolver (ou aconselhar) a situação. Na verdade, isso pode atrapalhar de forma decisiva a vida do casal.
Contar por contar, de nada adianta. Penso que é fundamental termos em mente que o outro não é obrigado a suportar todos os problemas do parceiro ou parceira. Como já disse neste e neste vídeos, somos solitários por natureza. Aceitar esta condição e viver dentro de parâmetros mais objetivos, certamente vai nos fazer, no mínimo, menos infelizes.