Como me irritar? Embora seja adepto ao deboísmo, devo confessar que tenho preconceito contra gente que demora para entender as coisas. Neste vídeo, eu relato algumas situações que beiraram o bizarro, caso não fossem verdadeiras. O primeiro deles foi numa loja de uma grife jovem, instalada no Shopping Crystal, em Curitiba.
Eu viera de Londrina apressado e esqueci de colocar cuecas na mala. Adentrei na loja, pedi pela underwear e a vendedora olha para mim e pergunta: masculina? Eu: Oi? É uma pegadinha? A jovem me olhou como se estivesse tratando do assunto mais comum do mundo e que eu era um alienígena.
A segunda situação ocorreu em Londrina. Fui à lanchonete e havia a opção de misturar vários sabores de sucos. Pedi, então, um suco de laranja, limão e abacaxi. De 500 ml. E eu estava sozinho. Passa um pouco de tempo, chega a garçonete com três copos de sucos. Espantado perguntei do que se tratava. Ela respondeu: o senhor não pediu um suco de laranja, limão e abacaxi? – Sim, mas eu imaginei que eles viessem todos juntos, batidos no liquidificador, num único copo.
No aeroporto de Curitiba, de novo, estava à espera do avião. Com fome, fui à casa de pão de queijo. Na fila do caixa, havia um cartaz gigante com letras garrafais: só aceitamos cartões de débito.
Fiz o meu pedido e na hora de pagar entreguei o cartão. A atendente tasca: é crédito? Eu retruco: vocês aceitam cartão de crédito? Ela, então, conclui: não. Era só pra perguntar mesmo.
No fim das contas, todas essas situações são tremendamente engraçadas. Tenho certeza que todo mundo já passou por situações parecidas. Admito que tento levar na boa, mas à medida que o tempo foi passando – tempo no caso é idade mesmo – a impaciência cresceu na mesma proporção. Vida que segue.