Amigo do peito é promovido e você não. Se você não tiver maturidade para lidar com a situação, vai colocar a amizade em risco.
Eu tive o grande privilégio de fazer amigos em todos os lugares onde trabalhei. Porém, isso não é uma regra. E eu decidi gravar este vídeo porque, neste exato momento, um amigo meu está passando pela mesma situação que eu vivenciei no início na minha carreira.
Para manter a sanidade emocional é bastante recomendável separar muito bem trabalho de vida pessoal. Quanto menos você se expuser, menos problemas terá.
Eu fiz uma grande amizade numa das emissoras de televisão onde trabalhei. Chegou um certo dia em que o editor chefe foi dispensado e esta minha amiga foi promovida. Os primeiros meses foram extramente difíceis. A mudança de cargo foi uma ameaça ao nosso relacionamento pessoal. Não que eu achasse que ela não merecesse. Naquela época, entretanto, eu confundi as coisas e quase perdi uma amiga.
Todos os problemas enfrentados naquela época, hoje, distanciado pelo tempo, confesso que foram provocados pela minha falta de maturidade. A minha amiga era mais experiente do que eu. Isso estava fora de questão.
O problema é que um cargo de chefia exige novos posicionamentos. Em resumo, ao assumir um cargo de confiança, a pessoa passa a defender muito mais o lado da empresa – por razões óbvias – do que o dos funcionários.
Eu, infantil, ficava de picuinha, exigindo posturas e atitudes que ela não podia mais atender.
Foi o que eu disse a este meu amigo. Para não colocar a amizade em risco, é prudente recuar nos rompantes de cobrança ao amigo. Urge entender os papéis de cada um no processo. Se você pretende manter o relacionamento de amigo, tente estabelecer uma relação de empatia. O que você faria no lugar desta pessoa? Não é prudente separar as coisas e dar um tempo, antes de fazer cobranças desnecessárias?