Não importa o dia, muito menos a hora. Em algum momento da sua vida, você há de olhar-se no espelho e encontrar-se consigo mesmo. E só vai depender de si, que este momento seja a mais amarga das horas ou o seu momento maior.
Conforme eu disse no post anterior, a quarentena tem nos obrigado a voltar o olhar para nós mesmos. Eu não vou negar que, para mim, tem sido o maior desafio. Neste momento, são muitas as indagações, quase nenhuma resposta e, principalmente, muitas dúvidas. Todas as dúvidas possíveis.
Tempos atrás – na verdade, muito tempo – havia um comercial de televisão sobre uma marca de tecidos que dizia: “o mundo trata melhor quem se veste bem”.
Avalio que este momento é propício para a gente tentar se observar, tentar identificar os gargalos, os incômodos, aquilo que está pegando. Muitas vezes, tenho a sensação de que algo aperta os pés, tenho medo do futuro e penso nas alternativas possíveis. Infelizmente, não há resposta imediata.
A sensação é estranha. Olhando no espelho, tenho a impressão de que a gente está girando num círculo sem fim, sem conseguir enxergar alternativas para além desta pandemia. Não há muito a se planejar, prospectar pois o avanço do vírus no Brasil muda todas as perspectivas quase todos os dias.
No meu caso, tenho feito viagens no tempo. Buscando no passado caminhos para enfrentar o desafio de estar sozinho, a precária situação de ver os trabalhos desaparecem e, com a ausência deles, a renda.
Recordo de uma dificuldade e relembro a decisão que tomei à época. Entretanto, o que vem à mente não costuma ajudar muito. Eu sinto que “o passado é uma roupa que já não veste mais”.
E assim vamos seguindo. A possibilidade mais aconchegante é respirar fundo, tentar manter a calma. Buscar em si a resiliência necessária, sem perder a fé, o foco e a esperança que é apenas mais um momento ruim. E que vai passar.
Fique bem.