“É preciso cuidar dos amigos. Senão eles escapam.” Não lembro mais o nome do filme, mas a frase nunca mais saiu da minha memória.
E hoje, dia internacional de celebração da amizade, tenho a plena convicção de que estou cercado deles. Aliás, por onde passei, sempre fiz questão de deixar não só as portas abertas, mas, principalmente, com amizades consolidadas. Eu acho lindo ter amigos. E não importa se eles estão próximos, se eu vejo de vez em quando, se eu o reencontrei pelas redes sociais, se a gente viaja junto, se rimos juntos, se nos amparamos no choro. O bom é que eles existem.
A antropóloga Mirian Goldenberg fala muito sobre a importância de termos amigos – e não se refere apenas aos colegas de balada – ao longo da vida. Talvez seja com eles que poderemos contar quando olharmos para frente e vermos que nossa família já se foi. Sim, isso é possível.
Mirian questiona quem não gostaria de envelhecer bem, com saúde e cercado de amigos? Estudiosa do assunto, a antropóloga diz que esta questão deve ser encarada como um objetivo de vida. Não uma escolha. A pesquisadora ressalta que as mulheres, por sofrerem muito mais as pressões da velhice, têm, nas amigas, companheiras muito importantes.
“As mulheres têm muito medo de envelhecer. Elas começam a ter medo aos 30, aos 40 e aos 50 estão desesperadas. E depois tudo melhora. Nesse momento da vida, as amigas são fundamentais”, diz a pesquisadora em entrevista a Lúcia Guimarães para o programa “Saia Justa”, exibido no GNT. Para Mirian Goldenberg, é nas amizades que as mulheres encontram afeto e consolo após tantos anos de casamento e de criação dos filhos.
A amizade, para mim, é o amor em estado puro. Exigimos menos, perdoamos mais. Por e também por isso, obrigado por estar comigo. Sempre!