Relacionamentos abusivos não se restringem a sexo, mas àquelas situações de “folgados” que não respeitam o espaço do outro.
Quando falamos em abuso, imediatamente pensamos em algum ato sexual não consentido. Entretanto, o dia a dia está repleto de situações em que pessoas, dos mais variados níveis de relacionamento, ultrapassam o limite do tolerável.
Quem nunca teve um “amigo” na escola que levava a vida de maneira leve e suave? E que não se sentia nada constrangido de pedir para colocarem o nome dele num trabalho sem ter feito absolutamente nada?
E aquele outro que faz tudo girar em torno do próprio umbigo? Não importa o assunto, o momento, a circunstância. Se você estiver falando de física quântica, ele dará um jeito de puxar o assunto para si.
Nas famílias, isso é muito comum, quase rotineiro. Sempre tem aquela pessoa que só faz reclamar, lamentar e gritar que tudo está ruim. Haja paciência.
Para que a gente consiga manter a lucidez no nível adequado, é fundamental estabelecer limites para todas as pessoas que nos cercam. Pai, mãe, irmãos, amigos, parceiros, ficantes. Todos eles precisam conhecer até onde podem ir com você.
Eu confesso que fico sempre muito incomodado com esses “sanguessugas” de energia, tempo e disposição da gente. Costumo me afastar de pessoas que falam, falam e falam de si e nunca encontram um jeito de perguntar como eu estou. Se está tudo bem comigo, se preciso de algo, como estou me sentindo.
Até para que a gente consiga ajudar o outro, faz-se necessário que estejamos bem emocionalmente. E não sejamos ingênuos: todos queremos atenção, afeto, respeito, atitudes generosas.
Quando alguém dá sinais evidentes que não se preocupa com você, tente conversar. Todos merecem uma chance e, como bom comunicador que sou, acredito no diálogo. Porém, se isso não surtir efeito, não hesite em romper a relação. Basta de aproveitadores.