Recolocação profissional já em difícil em situação de normalidade. Quando estamos no auge de uma crise econômica, o desafio é ainda maior.
Quando estamos na vida adulta, sabemos que tudo é uma questão de escolha. E acho muito bom quando um casal decide juntos o momento certo de ter um filho. Se isso ocorrer num momento de maturidade pessoal e profissional, será um “paraíso”, desculpem o exagero.
Ainda que tenha havido avanços significativos, a mulher continua com os maiores “encargos” quando se faz a equação carreira profissional x maternidade.
A licença maternidade e a amamentação são fundamentais para o bem estar da criança. Há países, inclusive, que este afastamento costuma ser de um ano. Várias empresas aqui no Brasil já oferecem seis meses, o que significa algo muito positivo.
Após este período de proximidade com o bebê – dedicação exclusiva – algumas mulheres decidem se afastar do mercado de trabalho para se dedicar ao filho. Entretanto, chega aquele momento em que a criança já está um pouco mais independente e os afazeres domésticos muito entendiantes. É hora de voltar.
Este vídeo foi gravado a pedido de uma espectadora do Canal. Ela optou por ficar com o filho e está fora do mercado há seis anos.
Neste momento em que os rumos da nossa economia estão indefinidos e o desemprego é grande, o desafio de recolocação profissional dela é muito maior.
Se eu posso dar duas dicas, a primeira delas é fazer uma reciclagem na área de atuação. Hoje as técnicas, o jeito de executar determinado trabalho muda com uma rapidez absurda. E seis anos significa muito neste quesito. Portanto, sugiro fazer novos cursos, tentar ficar mais no perfil do que o mercado está exigindo.
A segunda dica é restabelecer uma rede de contatos. Avisar os colegas de profissão que está disponível. E, somado a tudo isso, ter paciência e perseverança. O desafio é grande, mas não impossível de ser superado.