Pasta de dente cada um aperta de um jeito. O problema é que o cotidiano pode transformar este ato em motivo para briga. Talvez até separação.
É claro que se trata de uma metáfora. Esta analogia eu ouvi a primeira vez quando ainda era estudante de jornalismo na Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Um psicanalista deu uma palestra falando sobre paixão e cotidiano.
Ele foi enfático em dizer que os casais acabam evitando falar dos problemas do relacionamento.
E usou justamente a pasta de dente para exemplificar como um casamento pode estar desgastado.
Alguns bons anos se passaram e eu percebo que as dificuldades permanecem as mesmas.
Duas pessoas vivem juntas durante tanto tempo, mas não conseguem falar dos problemas que os afligem.
A paixão vai embora e a rotina pode ser um grande e poderoso antídoto contra o amor. Se os dois vacilarem, pode ser o princípio do fim.
Muita gente pode fazer questão de demonstrar que vive uma fantasia romântica, tipicamente um comercial de margarina na televisão.
Colocando uma lupa, logo as divergências aparecem. Nessas horas, não há segredo.
Até porque, se houvesse uma fórmula, ninguém estaria infeliz, não é mesmo?
Duas pessoas que estão dispostas a viverem juntas precisam de respeito, confiança e cumplicidade.
Sem esses itens, todos os demais ficam sem sentido.
Quando os problemas aparecem não há o que fazer. É preciso sentar e discutir a relação. Fugir disso é criar um abismo sem fim entre os dois.
Temos que cuidar de quem nós amamos. Como disse neste post aqui, a gente tem uma mania ruim de tratar mal quem está por perto.
Seja o parceiro, sejam os amigos, os familiares, as pessoas importantes.
Todas elas exigem cuidados. Do contrário elas escapam por entre os nossos dedos.
E daí a pasta de dente pode ser uma excelente desculpa para uma separação.