Ética é a escolha pelo bem comum, disse Oscar Motomura, referência na formação de altos executivos. Sem ela, dificilmente vamos superar a crise institucional que se instalou no Brasil.
A definição acima eu ouvi do próprio palestrante num evento aqui em Curitiba. Ele veio falar sobre a gravíssima crise pela qual passamos e foi enfático em dizer que só com ações pautadas pela ética é que vamos conseguir atravessar este momento.
Dias atrás, o filósofo Eduardo Emmerick lançou um desafio no Facebook sobre fazer uma campanha para que pessoas de bem virem políticos e entrem na disputa de 2018.
Acho a proposta absolutamente sensacional. Não é possível que dentre os mais de 200 milhões de brasileiros, só consigamos escolher gente enredada em mau uso do dinheiro público. Na mesma palestra, Motomura citou Einstein para explicar a razão do mal ter tomado conta de tudo: “isso ocorreu porque as pessoas de bem se omitiram”.
Ética é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.
É um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
Não é leviano dizer que grande parte dos problemas brasileiros ocorre por causa da nossa omissão. O famoso “jeitinho” se transformou numa regra absoluta em todas as relações. Talvez isso explique a eleição e reeleição de candidatos acusados e/ou condenados em primeira instância por algum ato de corrupção.
O mutirão do bem visa fazer o Brasil voltar a crescer. Não espere nada de ninguém. Faça a sua parte, não engane ninguém e cobre incisivamente os políticos que você elegeu. Eles são nossos funcionários. E nós temos obrigação de fiscalizar cada passo que eles dão.