Desafio diário é saber como conviver no trabalho, com os amigos, familiares, a rotina. Tudo que é humano nos tira da zona do conforto e isso é uma motivação constante.
Muito se fala da convivência diária nesses tempos de relacionamentos tão fluídos. De modo geral, é muito mais simples esconder-se atrás de teclados – seja dos telefones ou computadores. Também há os aplicativos de encontros. Neles, fantasiamos o que bem desejarmos. O desafio mesmo é o olho no olho.
Não se pode esquecer, neste caso, a grande oferta de atenção aos animais de estimação, principalmente os cachorros. Por mais que sejam agredidos, eles não guardam mágoas. Minutos depois de uma “bronca” voltam abanando o rabo, pedindo um cafuné. Com as pessoas, o buraco é um pouco mais embaixo.
Nem mesmo no ambiente familiar podemos contar com a benevolência alheia. Pais e irmãos, para ficar apenas no primeiro grau – sabem e conseguem ser cruéis como ninguém.
Dois dos principais erros que podemos cometer nos relacionamentos, ouso dizer, são: subestimar a inteligência e a capacidade de reação do outro. Por mais civilizados que sejamos, por mais instrução que possuamos, ao sermos confrontados, surge o desafio.
Saber falar, saber ouvir, não levar tudo para o lado pessoal é algo para pessoas de elevado nível espiritual. Sejamos honestos: nem todos conseguem e a vida segue do mesmo jeito.
A maturidade revela que este desafio pode ser superado quando existe uma virtude muito simples se sobrepõe às outras. Eis que surge o respeito às diferenças. De opinião, de visão de mundo, de jeito de trabalhar, da forma de se relacionar e se posicionar diante do mundo.
O dramaturgo Nelson Rodrigues já dizia que toda unanimidade é burra. Ele estava correto. Se todo mundo concordar com você, se houver um círculo de bajuladores, certamente você nunca evoluirá.
O ditado popular está correto: quem fica parado é poste. Só não muda quem escolhe a ignorância como ponto de referência.