Elas estão aí, me atormentam. Tiram-me o sono. Essas cotidianidades, de tão triviais, acabam passando despercebidas até que, subitamente, você as reconhece no cotidiano e não sabe muito bem como lidar com elas.
A primeira delas: dias atrás estava no shopping mais chique de Curitiba, o Pátio Batel. De repente, uma mulher sai de um salão de cabeleireiros caríssimo com papéis de alumínio entre a vasta cabeleira. Era a verdadeira visão do capeta, desculpe-me. Olhei para ela, na faixa dos 40 anos, e pensei como ela é corajosa.
Dentre as dúvidas que me atormentam, fico imaginando o que faz um careca deixar as laterais dos cabelos crescerem para depois, jogá-los para o outro lado. Completando o look, passam algum tipo de pomada, gel ou sei lá o que e saem mundo afora, peito nu, careca ao vento. Santo Deus.
Sempre fico pensando se essas pessoas têm amigos verdadeiros. Daqueles que falam a verdade em qualquer situação.
Não consigo entender como uma mulher paga caríssimo numa sandália. Não bastasse isso, ela vai para uma festa elegante, geralmente uma formatura ou casamento. Lá pelas tantas, não muito tarde, arrasta as mesas, tira as sandálias, deixa a vergonha de lado e vai dançar descalça. É muito para mim.
Já os vaidosos precisam de muita coragem para ir a um cabeleireiro e pedir: pinte meu fios de acaju. Essa é uma das dúvidas que mais me atormentam. Como a pessoa pode achar legal ter um cabelo dessa cor? Para completar o look, basta apenas uma camisa de seda javanesa e uma capanga debaixo do braço. Está pronto o galã de quermesse de quinta categoria.
Por fim e não menos importante: por que as praias de nudismo não têm pessoas bonitas e bem cuidadas? Em todas as que eu já fui, invariavelmente, os dispostos a tirarem a roupa, sempre estavam com o corpo meio mal cuidado.
É preciso coragem. Muita coragem.
2 Comments
Mas você está ficando muito engraçadinho…rsrsrsrs Beijo
hehehe Beijo!