Ser amante é ter um papel claro. Sempre será a segunda opção. Ao invés de se preocupar com os problemas, ele deve aproveitar as delícias dessa condição.
Eu decidi gravar este vídeo por conta da publicidade dada ao caso da jornalista Mirian Dutra. No começo deste ano, ela trouxe a público o romance extraconjugal que teve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no fim da década de 1980.Teoricamente eles tiveram um filho, mas um exame de DNA não comprovou laços sanguíneos com FHC. Ainda assim, Cardoso reconheceu o jovem como filho.
Não consigo entender porque as pessoas costumam fazer tanto drama com este assunto. Além de ser algo absolutamente íntimo e pessoal, o título de amante tem ônus e bônus.
O ônus é não ter a companhia da pessoa na trivialidade do cotidiano. Deixando a hipocrisia de lado, esta deveria ser justamente a melhor parte. Não há romance que resista à troca do chuveiro, ao corte da grama, a levar as crianças para a escola.
Que tal imaginar um relacionamento onde se desfruta da melhor parte? O sexo é o principal bônus de ser amante. Não é precedido de discussões intermináveis sobre a relação, é feito com total entrega por trazer consigo o medo da descoberta. Há muito mais adrenalina, sejamos honestos.
O principal problema é que as pessoas não se sentem confortáveis em ficar só com este papel. O tempo vai passando e mesmo em relações extraconjugais chega o momento de discutir algumas bobagens. Daí, o que era pra ser momento de prazer, tenta virar casamento. Aqui vale aquela máxima: se não sabe brincar, não desça para o play.
Cantada em prosa, verso, músicas e afins, a amante, ouso dizer, dá sobrevida aos casamentos. Pode até reavivar a chama da paixão. Então, pra que ficar sofrendo com o desnecessário? Sem tesão, não há solução. Viva e deixe viver.