Muitas vezes a gente se percebe andando em círculos. Criamos mecanismos retóricos na nossa mente que nos impedem de avançar. A vida, geralmente, nos dá uma chance. Ou como diriam os nossos avós, “o cavalo selado não passa duas vezes em frente à sua casa”. De nada adianta, então, ficar lamentando a oportunidade perdida.
Viver exige coragem. A vida exige que a abracemos com paixão. Viver exige entrega. Até é possível, errar, mas é preciso saber recomeçar, evitar o titubeio, ter força, coragem, foco é fé.
Enquanto seguirmos olhando para trás, estaremos fadados a permanecer no mesmo lugar. A vida não evolui. Temos que soltar a roda, para que a vida possa prosseguir. O retrovisor serve apenas para olharmos se estamos na direção certa. Se não estamos desviando do caminho. Se conseguimos ter o controle do nosso destino.
Este pronome pessoal que pode significar uso reflexo, designar reciprocidade, que pode atuar como sujeito indeterminado, também introduz um fato que depende de algo, coloca um “apesar de” no cotidiano de todas as pessoas.
Para além dos significados semânticos, na prática, esta partícula que acompanha os nomes, tem o demérito de aprisionar pessoas a determinados lugares, situações, outras pessoas. É precisoo que vivamos um dia de cada vez. Aproveitando ao máximo o presente, o aqui, o agora. Porque não haverá um amanhã. E o ontem já se foi.
Quando nos deparamos diante de novos desafios, novas escolhas, é preciso sim que avaliemos as oportunidades, contrabalancemos os prós e os contras e, então, tomemos uma decisão. Isto feito, é vida que segue. Sem medo, sem temor, sem se vitimizar, sem olhar para trás. Eu já disse, mas não custa repetir: a vida exige coragem. E como cantaria o Lulu Santos, “vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir (…) que não há tempo que volte, amor. Hoje o tempo voa.”