Vestibular virou assunto para os fortes. E não é de hoje. Num país onde a desigualdade impera, conseguir uma vaga numa universidade pública é quase como ganhar na loteria.
A primeira fase do vestibular da UFPR já foi. E, considerando a nota de corte do ano passado, é pouco provável que eu consiga êxito. A decisão de gravar este vídeo foi uma sugestão de um colega do cursinho Positivo. Acho que ele também não vai para a segunda fase, o que significa uma grande decepção.
Este é um momento de lembrar algumas coisas. Primeiro, uma passagem bíblica, escrita em Eclesiastes. Lá está escrito que existe um tempo certo para todas as coisas debaixo do reino dos céus. Segundo, lembrar do melhor professor de literatura de Curitiba, Marcelo Muller. Ele sempre diz que “tudo vai dar certo”. A gente só não sabe quando isso ocorrerá. Provavelmente, não é da forma como a gente imagina. Por fim, outra observação do professor Euler, da frente de física do Positivo. “Passa no vestibular quem sabe resolver melhor as questões. Não o aluno que tem mais conhecimento.”
Apesar de todo o marketing feito pelos cursinhos pré-vestibulares, contra fatos, não há argumentos. Em preparatórios cuja mensalidade ultrapassa os R$ 500,00 por mês, a chance de um aluno ser aprovado é de apenas 5%. O raciocínio é simples. São 54 mil inscritos para 5.400 vagas, aproximadamente. Como metade delas estão voltadas ao sistema de cotas, restam poucas chances para quem opta pela livre concorrência.
O fato concreto é que a competição é muito acirrada. E mais uma vez, vale lembrar Marcelo Muller: é preciso respeitar o concorrente. Embora uma questão possa separar o vestibulando das duas fases da UFPR, há quem sempre se dedica um pouco mais. Se o sistema é meritocrático, melhor render-se às regras. Isso não significa, porém, desistir. No tempo certo, tudo dará certo.