logologologologo
    • Contos e Recontos
    • Vi, gostei e recomendo
    • Essa tal felicidade…
    • Minha mãe disse…
    • Podcast
      Para encerrar ou começar a semana. Você decide!
      julho 17, 2016
      Sobre Miami, uma viagem inesperada
      julho 19, 2016

      Sobre uma segunda-feira qualquer, tempos atrás

      A segunda-feira nunca me incomodou. Gosto de tudo que começa no primeiro dia útil da semana, não me aborrece acordar cedo, nem mesmo em dias frios. Anteontem o despertador tocou às 5h45 como de hábito e às 6h10 eu já estava na academia. Dez minutos na esteira, alongamento, bom dia aqui e acolá – geralmente aos mais idosos – e início a série de musculação. No quarto exercício passei mal. A pressão caiu quando eu levantava dois alteres de doze quilos cada um. O objetivo era trabalhar os ombros, mas ficou só na intenção. Faltou força na segunda-feira.

       

      Não era nada sério, ninguém percebeu o mal estar. Dei um tempo, tomei água e resolvi embora. Pra falar bem a verdade, desejei me teletransportar a dirigir pelas ruas ainda vazia da capital. Cheguei em casa, fui para debaixo da coberta, senti falta da minha mãe. Comecei a assistir ao último episódio do Brothers & Sisters. Nele, a Kitty sofre um aborto espontâneo, faz a curetagem e volta pra casa. A mãe vai até lá, pergunta se ela precisa de algo e Kitty responde que precisa apenas viver aquele momento e ficar um pouco sozinha. A mãe concorda, vira-se pra ir embora, Kitty a chama, pede que ela fique ali um pouco, a mãe volta, acolhe a filha no colo e encerra-se o episódio. Chorei muito com a cena. Chorei muito por mim. Chorei pela segunda-feira.

       

      SEMPRE À SEGUNDA-FEIRA

       

      Pouco mais tarde, já no trabalho, comentei com a Simone e a Andrea. Disse-lhes que sentia falta da minha mãe, meus olhos lacrimejaram novamente. O dia seguiu sem muitas delongas, voltei à academia à noite para terminar a série, o professor de spinning percebera que eu fora embora, mas sequer imaginou que eu passara mal. Decidi ir ao cinema, aproveitar a promoção que valoriza o cinema nacional e assisti Era uma vez…, do Breno Silveira, por módicos dois reais. Também me emocionei muito no filme, pensei porque algumas coisas simplesmente estão fadadas a dar errado, porque nossa insistência em querer mudar a natureza das coisas. Chorei outra vez, confesso.

       

      Despedi-me do André ao telefone e fui dormir. Exausto, caí no sono muito rapidamente. Sentia frio, embora a temperatura não estive tão baixa. Lá pelas tantas, começo a sonhar. Estava numa favela tomada por traficantes, precisava fugir, sentia medo. Aparece um táxi do nada, entro e olho para o motorista. Era o meu pai. Ele olhou, sorriu pra mim e disse… “agora está tudo bem”.

       

      Acordei com calor, uma paz imensa no coração. Fui ao banheiro, voltei para a cama e dormi.

      Share
      0

      Posts relacionados

      março 6, 2025

      Depressão atinge 8% de crianças e adolescentes


      Leia mais

      Psychiatrist writing down story of her patient

      janeiro 25, 2025

      Depressão: o mal do século que assola o Brasil


      Leia mais
      O envelhecimento não pode ser romantizado

      Não se pode fugir do óbvio: só é possível viver, vivendo

      outubro 30, 2023

      Coragem para envelhecer


      Leia mais

      Deixe um comentário Cancelar resposta

      O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.




      Siga-me!

      Facebook
      Instagram
      Youtube
      Twitter

      Youtube

      subscribeInscreva-se no canal
      «
      Prev
      1
      /
      86
      Next
      »
      loading
      play
      Atitude, amor, palavra
      play
      Marketing do amor diz muito como será o seu relacionamento
      play
      Aplicativos de Transporte: dicas para você facilitar a vida de todo mundo
      «
      Prev
      1
      /
      86
      Next
      »
      loading

      Eu sou assim…


      Sou apaixonado por pessoas, pela vida, pelo cotidiano, pelo comportamento. Um observador nato que aprendeu a ouvir e contar histórias – a parte mais encantadora do jornalismo, profissão que parece ter me escolhido. Prestes a me aposentar, estou cursando Psicologia na PUCPR. Este espaço trará minhas impressões sobre leituras, teorias, vida real. Se você contar algo pro tio, o tio também fará o mesmo.  Vamos juntos?

      Tags

      amigos amizade amor amor próprio Armani Exchange Batel Calvin Klein Jeans carpe diem carreira profissional casamento comportamento conta pro tio cumplicidade curitiba CWB educação família felicidade Festina Watches filhos Florianópolis Floripa intimidade Londrina namoro novela Paixão Paraná psicologia rede globo redes sociais relacionamento relacionamentos relações estáveis respeito rolandia romance sexo solidão teledramaturgia telenovela tolerância trabalho Têmpera Comunicação vida a dois

      Posts recentes

      • Depressão atinge 8% de crianças e adolescentes
      • Depressão: o mal do século que assola o Brasil
      • Coragem para envelhecer
      • Atitude, amor, palavra
      • Autoimagem e o olhar do outro
      Criado por Priory Comunicação
      Conta pro Tio - Todos os Direitos Reservados