Celular é muito bom, mas as pessoas que não sabem usá-lo, estão provocando acidentes fatais no trânsito de todo o mundo. Os números são alarmantes.
Dias atrás eu participei da Mostra Internacional de Vídeos de Segurança no Trânsito, promovida pelo Memorial da Segurança no Transporte. O espaço é patrocinado pela Volvo, que tem a meta de acidente zero envolvendo os veículos da marca até 2020.
Fiquei impressionado com as campanhas que existem mundo afora, alertando sobre os cuidados ao volante.
Os números são alarmantes. De acordo com o Atlas da Acidentalidade, no ano passado, 1.215 pessoas morreram no trânsito brasileiro por causa da “falta de atenção”. É assim que a Polícia Rodoviária categoriza as ocorrências envolvendo celulares.
Mais números: só em 2016, ao menos 26.500 acidentes envolveram mais de 64 mil pessoas. Tudo provocado pelo uso do telefone móvel. Nem de longe é possível contestar esses números.
Basta você olhar as histories do Instagram, Whatsapp e Facebook para perceber que praticamente todo mundo faz postagens ao volante. Ou está mostrando a estrada, a música, a própria velocidade, enfim, o que se passa lá fora.
Se você ficar parado num cruzamento de qualquer cidade, em um minuto, verá várias pessoas não mais falando ao celular. Elas agora digitam ou gravam áudio. Acha realmente possível manter a atenção e fazer duas coisas tão complexas ao mesmo tempo?
Os números mostram que não.
O celular fez a vida parecer muito mais urgente do que ela é. Não é admissível que vidas sejam colocadas em risco por questão de minutos. Será que aquela mensagem realmente não pode esperar você encontrar um local seguro para enviar uma resposta?
Na Mostra, um vídeo, acho que da Austrália, perguntam quantas mortes seriam toleráveis no trânsito de uma cidade x. Começam falando em 400, 800, 200 até chegar ao número de 20. Alguém afirma que vinte pessoas mortas em acidentes seriam toleráveis. Daí questionam se essas pessoas forem da família do entrevistado. A pessoa recua e diz, então, que não se pode tolerar nenhuma morte no trânsito.
O que você pode fazer para mudar isso?