Calmaria é tudo o que você precisa quando sai de um momento de luto. A perda de um emprego, o fim de um romance exige um tempo para desintoxicação.
Os dias atuais colocam a gente em constante estado de tensão. Este lance do politicamente correto impõe que a gente pareça sempre bem, feliz, realizado. Como se fôssemos seres indestrutíveis, insensíveis. Verdadeiros super heróis.
A prática, porém, mostra que isso é um grande e terrível engano. Quando nos deparamos com qualquer tipo de frustração é muito saudável, e necessários, que a gente se dê um tempo.
Encerrar um relacionamento amoroso, fechar um ciclo profissional, encarar uma decepção. Qualquer uma dessas situações deixa a gente triste, pra baixo. Em alguns casos, deprimido mesmo.
A maturidade revela que não devemos, nem podemos, fugir deste sentimento. Só após o luto, a busca pelo entendimento do que de fato ocorreu é que conseguimos partir para uma próxima etapa. Seguir em frente.
Para sair de um estado depressivo, por exemplo, é preciso não entregar os pontos. Diante de adversidades que não podemos evitar, a resignação pode ser uma grande aliada. Necessária, até, para nos dar algum tipo de conforto.
A busca pela felicidade, o entendimento de quem o ser humano e as relações têm nuances, dá-nos coragem e discernimento em busca da evolução.
Ciente de que ser feliz é apenas um estado de espírito momentâneo, não é possível melhorar sem fazer concessões. A vida exige da gente coragem, vontade.
Quando estamos mal, nosso radar irradia sentimentos negativos e isso nos transforma em “curva de rio”. A possibilidade de encontrar alguém que não atenda nossas expectativas é muito grande.
O mesmo se dá na carreira profissional. Após uma demissão, dê-se um tempo. Não aceite qualquer proposta, mesmo que os boletos estejam batendo à porta.
Quando nos recolhemos, temos condições de avaliar melhor o que se sucede à volta. E, serenos, calmos, conseguiremos avaliar tudo com mais calma e assertividade.