maio 6, 2018

Mirandópolis: o dia que enlouqueci meus pais ao me perder na cidade

Mirandópolis era a cidade onde moravam meus tios maternos. Fomos passear lá e eu saí rua afora. Tinha quatro anos e, claro, não consegui voltar pra casa. Meu pai sempre dizia que visita boa era aquela que não durava mais de três dias. Dentro dessa premissa, fomos então visitar meus tios maternos. Minha tia se chamava Virgínia, mas nós a chamávamos de tia Nega por ela ser a mais morena das irmãs da minha mãe. Junto com o marido, o tio Roque, eles tinham um bazar e moravam no andar de cima da loja. Enquanto todos tomavam café, eu desci silenciosamente, passei por entre os brinquedos, peguei um deles e saí rua afora. Pra falar a verdade, nem sabia pronunciar o nome da cidade corretamente. Caminhando sem rumo, perdi totalmente a noção do tempo e fui andando sem parar. Claro que chegou um momento em que eu me dei conta […]
março 25, 2018

Morar sozinho é a melhor decisão que você pode tomar na sua vida

Morar sozinho muda a vida de qualquer pessoa. Junto com a liberdade, vêm as responsabilidades e isso faz toda a diferença. Lá no meio da década de 80, Lulu Santos, um dos astros pop mais ouvidos no Brasil, lançou a música Minha Vida. A letra calou fundo em muitos adolescentes da época que, como eu, sonhava em sair de casa. Um dos trechos dizia que: Quando eu sai de casa Minha mãe me disse Baby, você vai se arrepender Pois o mundo lá fora Num segundo te devora Dito e feito Mas eu não dei o braço a torcer O sonho da minha vida era ter a minha própria casa. Não ter que dar satisfações, fazer as minhas escolhas e responder por elas. Eu estava prestes a completar 21 anos e trabalhava no Banco do Brasil.  Fui transferido de Rolândia para Londrina e estava no último ano da faculdade de […]
março 14, 2018

EX-FILHO NÃO EXISTE. PAIS NÃO PODEM FUGIR AO PAPEL QUE LHE CABE

Ex-filho e ex-mulher são para sempre. É lamentável que, principalmente os homens, costumam fingir que não têm responsabilidades com a prole depois que se separam. A decisão de gravar este é o aparecimento “frequente” de casos de sub-celebridades que acabaram na cadeia por não pagar pensão alimentícia. Dado Dolabella e o ex-jogador de vôlei, Giba, estiveram no centro das atenções. O primeiro está preso. O segundo parece ter feito um acordo. Nas minhas relações pessoais – inclusive as de primeiro grau – há vários e vários casos de separações. Elas fazem parte, infelizmente. O que há de se lamentar é que os homens, na grande maioria das vezes, esquecem a paternidade quando deixam a mulher. A sabedoria popular destaca que não existe ex-filho. Da mesma forma como não é possível, de maneira legal, deixar de ser pai ou mãe. São títulos, ou funções, se preferir, eternos, vitalícios. Pode ser difícil, […]
agosto 29, 2017

Amizades que realmente valem a pena: você consegue identificá-las?

Amizades podem ser o maior tesouro na vida de uma pessoa. Entretanto, quando o amigo pisa na bola de maneira grave, é saudável manter a relação? Aquele velho ditado da vovó – “diga-me com quem tu andas que te direis quem és” – pode fazer cada vez mais sentido nos dias de hoje. O politicamente correto mudou as nossas vidas para o bem e para o mal. Se por um lado diminuíram as piadas e brincadeiras de mau gosto e preconceituosas, por outro também trouxe muita chatice. Eu decidi gravar este vídeo porque estamos vivendo dias muito complicados. São denúncias e mais denúncias de corrupção, casos de agressão às minorias até “falhas” menores como baixar vídeos e músicas piratas. A pergunta mais difícil que eu tenho me feito é até onde a gente pode ser conivente com determinadas praticas de nossos amigos. AMIZADES VERDADEIRAS DEVEM SER PRESERVADAS Eu me sinto […]
dezembro 1, 2016

Tratar mal quem a gente ama. Por que fazemos isso?

Tratar mal a pessoa que está mais próxima, a que nos acolhe, a que está disposta a tudo para ficarmos bem.  Infelizmente, insistimos nessa “tecla” nefasta. À medida que os relacionamentos vão amadurecendo, aparem também as ofensas, muitas vezes na mesma proporção. Sempre me questionei a razão da gente fazer isso. Por que damos patadas nas pessoas que estão mais próximas. Certa vez, tratando disso na análise, minha terapeuta respondeu que é algo muito simples. O fato da gente ter certeza que o outro não vai nos abandonar, nos dá o “direito” de tratá-lo sem muita atenção e carinho. É ou não é um grande equívoco? Percebo que hoje, nesses tempos de relações fluídas, fala-se o que quer, do jeito que se pretende e tudo fica por isso mesmo. Respeito parece que ficou algo ligado apenas ao próprio umbigo. As relações familiares são pródigas neste tipo de situação. Filhos acham […]