março 14, 2017

Bengalas humanas: as pessoas que acompanham nossa jornada

Bengalas humanas são a prova de que nascemos, vivemos e morremos só. No meio do caminho, encontramos um apoio ou outro. A expressão título deste post foi-me dita por uma senhora que conheci em Florianópolis, a dona Guiomar. Numa conversa trivial, começamos a falar da impermanência. De que a única certeza que temos nesta vida é que absolutamente tudo está em movimento, em constante mudança. O Centro de Estudos Budistas Bodisatva, o CEBB, traz aqui uma explicação perfeita sobre o tema. Na essência de tudo, o texto conclui que “então, quando nós somos derrotados, temos uma sensação de derrota por um tempo, mas essa sensação de derrota é inútil, porque a essência de nós mesmos é a capacidade de criarmos coisas positivas. Então a gente se levanta da derrota, esquece a derrota, aprende e esquece a circunstância anterior. Precisamos da capacidade de recriar o mundo, de reconstruir as coisas numa […]
março 15, 2016

De onde vim, pra onde vou?

Onde ir, com quem ir, como ir, por que ir. Passamos o dia tomando decisões. A roupa que vamos usar, o trabalho, os amigos, o lazer. Tudo envolve uma escolha. Se por um lado ela é livre, certa é a consequência. “Para onde vão os trens, meu pai? Para Mahal, Tamí, para Camirí, espaços no mapa, e depois o pai ria: também para lugar algum meu filho, tu podes ir e ainda que se mova o trem, tu não te moves de ti.” Os versos de Hilda Hilst, publicados na obra ‘Com os Meus Olhos de Cão’ nos colocam em contato com uma autora absolutamente madura, orquestrando com vigor todos os domínios técnicos da escrita. Como já se sugeriu, a prosa de Hilda é poética, o que se evidencia em qualquer fragmento do texto, que mistura poemas, diálogos e prosa propriamente dita. Retomando recursos anteriormente já experimentados, a autora também multiplica os […]