setembro 15, 2016

Quando é possível perdoar

Ubuntu   Perdoar é uma dádiva. Perdoar é algo para pessoas de espírito elevado. Um dos temas propostos pela minissérie Justiça é o perdão.  As personagens de Débora Bloch e Adriana Esteves enfrentam de forma diferente os crimes em que se viram envolvidas. Enquanto a professora Elisa se preparou durante sete anos para matar o assassino da filha, a doméstica Fátima deixou a prisão disposta a começar uma nova vida. Como tudo na vida é impermanente, como as pessoas são diferentes, deveria ser natural respeitar essa diversidade na forma como cada um lida com o ato de perdoar. Conceder o indulto a quem nos feriu de maneira absolutamente profunda revela auto- conhecimento, um desejo de evoluir espiritualmente, para além das dores provocadas. Até porque, insistir na mágoa, só fará com que a gente fique no mesmo lugar. AUTO-INDULGÊNCIA O auto perdoar-se também é um grande desafio. Muitas pessoas carregam pela […]
agosto 25, 2016

Cinco razões para assistir Justiça

  Justiça, a nova minissérie da Globo é um espetáculo! Escrita por Manuela Dias, a mesma autora da excelente Ligações Perigosas, exibida no começo do ano, e com direção segura de José Luiz Villamarin, é entretenimento da melhor qualidade. A minissérie fala dos mais variados tipos de amor e do que somos capazes de fazer em nome dele. Trata da vingança. Discute o desamor. Descortina sentimentos escondidos. Consegue apontar o nosso melhor. Ressalta o que temos de pior. Revela todas as nossas fragilidades, nos coloca frente a frente com o espelho. Justiça identifica o animal feroz que existe em cada um. Justiça é um pouco de cada um de nós. Manuela Dias, a autora, construiu um roteiro muito interessante fazendo quatro histórias se relacionarem com personagens presentes em todas elas. Ela deixa claro que a produção brasileira não fica atrás de nenhuma série norte-americana. ELENCO E TRILHA SONORA IMPECÁVEIS O elenco é primoroso e está afiadíssimo. Debora […]
julho 14, 2016

Malu Mader me ligou. Eu juro!

Malu Mader foi a musa da minha geração. Desde a novela Eu Prometo, estreia dela na Globo, simplesmente assisti todas as novelas e minisséries de que ela participou. O ápice da minha paixão, claro, foi em 1986, quando Malu protagonizou a impagável Anos Dourados. No papel da doce Lurdinha, que engravida do apaixonado Marcos, eu e meus amigos do Colégio Souza Naves, em Rolândia, ficamos encantados. Quando eu dava aulas, dizia aos alunos que jornalista não pode posar de tiete de artista. Por saber que isso seria uma missão quase impossível, “combinamos” que eles poderiam pagar pau para, no máximo, três artistas. Eu já pegara autógrafo e tirara foto com Fernanda Montenegro e Adélia Prado, artistas da minha profunda admiração. Certo domingo, estava em um restaurante de Curitiba quando Malu Mader e Tony Belotto entram para almoçar. Quase caí das pernas. Por pressão absoluta dos meus amigos, não tive coragem […]